segunda-feira, 3 de outubro de 2016

30 horas: Parecer da Procuradoria Federal não afirma ilegalidade da proposta do SINTUFF

Acabou a desculpa do reitor de que a proposta do SINTUFF era ilegal.

Toda a universidade está acompanhando a luta pelas 30 horas. A polêmica com o reitor sobre a aplicabilidade a todos os servidores é o entrave. O SINTUFF apresentou um processo no CUV para manter as 30 horas a todos os servidores usando as leis vigentes (Lei RJU 8.112/1990; Decreto 1590/1996 e 4.836/2003). Além disso, apresentamos decisão judicial favorável ao Instituto Federal de Pelotas/RS que autorizou as 30 horas para todos. O reitor da UFF, afirma que não é possível garantir as 30 horas para todos e que é ilegal, mas não apresenta nenhuma lei ou fundamento jurídico.
Com a falta de vontade do reitor em dialogar com a categoria, o sindicato ingressou com processo no CUV dia 17/06, para que o mesmo decida sobre a legalidade da proposta. Esta é a instancia que tem decidido em todas universidades e é previsto em lei.
Retrospecto: antes do CUV votar a proposta, o regimento do conselho exige que seja analisada pela Câmara de Legislação e Normas - CLN, órgão do CUV, para verificar se não fere as leis. Esta câmara optou (apesar de não ser obrigada) em mandar o processo a PROGER, para que a procuradoria desse um parecer diante das considerações e leis citadas pelo SINTUFF.

MÁ FÉ DO PRO-REITOR PARA IMPEDIR A DISCUSSÃO DAS 30HS.
Como a cada mês, (julho, agosto, setembro) o parecer não voltava a reunião da Câmara de Legislação e Normas (CLN), o SINTUFF cobrava a devolução. A CLN afirmou que já tinham cobrado urgência da PROGER (Procuradoria Federal). No dia 19/09, o processo voltou para a CLN. O SINTUFF solicitou cópia e verificou que a PROGER já havia dado parecer desde 27 de junho, e de forma “inexplicável” o processo foi para as mãos do pró-reitor Túlio, sem que a câmara tivesse discutido o mesmo, e menos ainda encaminhado ao pró-reitor. Quem o fez? Com que ordem? Qual o objetivo? Um ato de aparante má fé, de quem não respeita o CUV e a câmara, se apodera do documento importante, e o segura por quase 4 meses com único intuito de impedir que os membros do CUV tivessem acesso ao parecer da PROGER e discutissem o projeto do SINTUFF.

O PARECER FOI DIFERENTE DO QUE O REITOR QUERIA
A procuradoria afirmou que “não havia no conjunto dos questionamentos, qualquer aspecto jurídico a ser esclarecido”. A procuradoria sugere repassar ao gabinete e à PROGEPE para se manifestar, e se coloca à disposição caso haja dúvida jurídica. Ou seja, se reafirma que a decisão é administrativa e apenas depende de vontade política.
A única desculpa do reitor cai por terra. É o mesmo teor do ofício do MP quando pergunta se o reitor havia autorizado as 30hs aos servidores?!

Para nós do SINTUFF, mais do que má vontade de garantir as 30 horas para todos, o Pró-reitor está agindo sem amparo e orientações legais. Tanto é que, no dia 21, na reunião com o Conselho Gestor, um dos assessores do reitor, afirmou: “Eu fazer parte do comitê gestor não quer dizer que eu tenha uma opinião formada e estou concordando 100% nem com vocês nem com eles. Eu preciso de um acompanhamento jurídico. Estou sentindo falta de um jurídico perto de mim para me orientar. Porque o que ela (Dra. Dalila – Advogada do SINTUFF) colocou, a versão dela como advogada, falta do lado da gestão alguém perto de mim para me orientar.
A procuradoria pede que o gabinete do reitor e o pró-reitor se manifestem se há dúvida jurídica. surpreendentemente,  o pró-reitor, um psicólogo, no auge da sua verdade absoluta, dá um parecer jurídico, e repete as mesmas argumentações já cabalmente desconstruídas pelo Sindicato.

Conclusão!
1)    O reitor não apresenta na legislação o que o leva a afirmar que o pleito do SINTUFF de 30 horas para todos é ilegal.

2)    Não permitiu que uma comissão do CUV tivesse o direito de analisar as propostas do SINTUFF e do gabinete, impondo que apenas a proposta da reitoria fosse analisada, por uma comissão criada pelo gabinete do reitor. Comissão criada sem nenhum critério público.

3)    Se apoderaram do processo do SINTUFF após parecer da PROGER, segurando-o por quase quatro meses, de forma irregular, para que membros do conselho não analisassem a proposta do sindicato;

Agora, depois que caiu a máscara de suas manobras, esvaziamentos do CUV, e que a Procuradoria Federal não referenda sua posição neste tema, o reitor publica notícia que já está concluída a portaria do GT que ele criou sem debater com ninguém. Este GT vai dividir a categoria, acabar com a isonomia das 30 horas que vigora há 35 anos e excluir 40% dos servidores do direito as 30 horas.
Já está mais do que provado que o problema não é legalidade e sim vontade política. Se o reitor pensa que ao assinar sua portaria estará encerrado o tema, se engana. A categoria não aceitará perder seu direito conquistado há décadas.
Perguntamos aos diretores de Unidades, membros do conselho universitário:
- Qual o sentido do conselho, do estatuto da UFF e das câmaras, se o reitor os rasga quantas vezes quiser? 
O reitor quer impor a qualquer custo portarias que vão deixar uma parte dos servidores com 30h e outros com 40h. Qual o clima de trabalho na sua unidade se for assim? Qual a disposição de trabalho a quem ficar obrigado a trabalhar mais com o mesmo salário do colega ao lado? São portarias de incentivo aos conflitos trabalhistas que vão deixar cada unidade um inferno!
Para piorar, quem vai assinar a autorização do trabalho remoto é o chefe imediato ou diretor da unidade, não o reitor. Você vai colocar sua assinatura numa autorização sem nenhum respaldo legal? Quem será punido com provável auditoria?

DIA 17/10, É DIA D PARA AS 30H.
No dia 17/10, a Câmara de Legislação e Normas se reunirá e discutirá o processo do SINTUFF, que já consta o parecer da PROGER. Cabe agora ela se manifestar e encaminhar ao CUV, instância máxima que definirá o tema.O relator deste processo é o professor Roberto Salles. A posição dele será fundamental.

Os demais membros da câmara são:
Prof Madeira - Diretor da Faculdade de Direito
Prof Palharim - Diretor do Instituto de Psicologia
Prof José Henrique - Diretor do Instituto de Computação
Prof Celso - Diretor do Instituto de Matemática
Prof Roberto Salles - ex-reitor
Profa Kátia Leal - Diretor do Instituto de Química
Pedro Rosa - Servidor Técnico e Coordenador do SINTUFF

Neste dia 17/10 vista a camisa das 30hs, use o adesivo.
Mande e-mail, fale diretamente com os membros da câmara e do CUV.
Dia 26/10 é dia de CUV, que tem a obrigação de apreciar e decidir sobre o processo.
Nossa tarefa é lotar o CUV.

Nenhum comentário: