sexta-feira, 29 de maio de 2015

Segundo dia de greve com piquete no Valonguinho



Na manhã desse segundo dia de greve na UFF, os estudantes, com apoio dos técnicos e docentes, realizaram um forte piquete de convencimento na porta do campus do Valonguinho, onde não entrou ninguém. O SINTUFF colaborou com o carro de som para garantir a fala dos companheiros presentes. Mesmo de baixo da chuva, muitas pessoas compareceram ao ato que chamou muita atenção da população com agitações e palavras de ordem a favor da greve na educação.

Por volta de meio dia, os estudantes anunciaram o fim do piquete e seguiram para ocupação encontrar os demais manifestantes que estavam lá.  Um nova negociação com o reitor Sidney Mello foi marcada à tarde para discutir a contraproposta feita pelos alunos no dia anterior.

Hoje, 29 de maio, é um dia nacional de  mobilização, convocado pelas centrais sindicais, contra os ajustes de Dilma/Levy, o PL 4330 das terceirizações e as MPs 664 e 665 que retiram direitos dos trabalhadores. 
O SINTUFF chama a todos para participarem do ato que ocorrerá à tarde no centro do Rio.  
ATO NACIONAL - 16H - CANDELÁRIA


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ocupação e atos marcam o primeiro dia de greve na UFF

Fotos: Barbara Hauret
O primeiro dia de greve na UFF começou com muita mobilização e diversas atividades.
Como tirado nas assembleias dos três setores, foram feitos piquetes de convencimento pela manhã no Gragoatá com adesão de 100%, ninguém entrou no campus o dia todo.
O SINTUFF esteve presente também no campus do Valonguinho, com carro de som, fazendo falas e dialogando com os estudantes, docentes e técnicos que ainda não aderiram à greve.
No Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), os estudantes de Medicina fizeram um forte ato na porta do Hospital com cartazes e faixas, distribuindo uma carta à população divulgando suas pautas e reinvindicações. Junto aos técnicos administrativos, com ajuda do carro de som do SINTUFF, conseguiram chamar atenção dos pedestres e carros que passavam pela região.
Em seguida, com apoio da população em seu trajeto, os estudantes decidiram seguir em ato até à Reitoria, onde teria uma reunião com o Reitor para negociar as pautas da ocupação, como ele mesmo havia prometido no dia anterior.
No início da tarde, o pró-reitor de Gestão de Pessoas e alguns de assessores de gabinete chegaram na ocupação representando a reitoria, já que Sidney Mello não pode comparecer alegando motivos de saúde. Apresentaram aos estudantes uma carta de negociação cujo último item era a desocupação após ambos os lados assinarem. A carta, contudo, não contaria com a assinatura do Reitor, apenas dos seus representantes ali presentes. Os estudantes decidiram em assembleia não assinar a carta e continuar com a ocupação. Foi consenso entre os discentes que o documento apresentado não contemplava integralmente as demandas do movimento, além de ser falho na garantia do seu cumprimento. Foi elaborada uma contraproposta que inclui a estabilidade de 2 anos para os terceirizados e a não criminalização da greve.

Abaixo, estão as pautas defendidas pela ocupação:
1) O calendário acadêmico seja suspenso, garantindo a legitimidade da greve dos estudantes, servidores e professores
2) Que a reitoria se reúna com os trabalhadores terceirizados, garantindo a regularização dos seus salários, e, em caso negativo, que o Ministério Público do Trabalho seja acionado. Queremos também a garantia de que não haverá o corte de ponto durante a greve desses trabalhadores.
3) Abertura do Bandejão da Praia Vermelha.
4) O pagamento imediato das bolsas de monitoria atrasadas.

5) Reunião de negociação da reitoria com os três setores em greve.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Estudantes decidem ocupar a Reitoria da UFF

Foto: Jesiel Araujo
Após o cancelamento da sessão ordinária do Conselho Universitário (CUV) do dia de hoje (27/5) por falta de quórum, o conjunto dos três segmentos que estavam presentes lotando o auditório da Geociências, seguiu em passeata até a Reitoria. Numa nota lançado no site da UFF foi anunciado que a reitoria estaria fechada preventivamente por conta desse ato que foi aprovado nas assembleias dos técnicos, estudantes e professores. Ao chegar os manifestantes encontraram o prédio completamente fechado e suas portas amaradas com correntes e cadeados. Os portões de acesso ao terreno da unidade também estavam acorrentados a princípio, mas os acessos de pedestres foram abertos.
Houve uma polêmica sobre se deveria haver ocupação ou não visto que as atividades aprovadas para o dia seguinte poderiam ser prejudicadas. Foi realizada uma assembleia de estudantes e eles decidiram permanecer e ocupar o prédio. Esta ocupação foi aprovada numa votação rachada de 69 a 60, o que é ruim pois uma mobilização como essa não pode já iniciar dividida. Todavia, o SINTUFF se comprometeu a dar ajuda na alimentação daqueles que estarão na reitoria ocupando.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Plenária Nacional da FASUBRA aprova Greve!

Foto: site da FASUBRA
Nos dias 23 e 24/5, em Brasília, a FASUBRA realizou a maior plenária de sua historia com 167 delegados. Com apenas 4 abstenções, se decidiu iniciar a greve no dia 28 deste mês. Os informes por estado já anunciavam essa decisão. Além da crise crescente nas universidades, o governo Dilma conseguiu ampliar esta vontade e necessidade de deflagrar a greve quando no dia anterior anunciou o corte de mais 9,8 bilhões do MEC.
A plenária também expressou a certeza de que esta greve tende a ser mais forte pois professores já aprovaram paralisar por tempo indeterminado, e estudantes estão se mobilizando para ser parte desta luta pois estão sentindo na pele os cortes do governo.

A Polêmica com os Governistas

Apesar da aprovação da greve pela quase totalidade dos delegados, os dirigentes da CUT e CTB, ao não conseguir mais impedir a greve, tentaram a todo custo levá-la à derrota. A principal fala dos setores governistas é de que a greve é especifica, que não se deve unificar com os professores e estudantes, ou seja, tentam levar a greve ao isolamento pois isso teria menos força para enfrentar o governo. Pedro Rosa, diretor da FASUBRA e delegado pelo SINTUFF, em sua fala, fez a denúncia das intenções dos governistas e citou as várias greves de servidores que ocorreram em 2014 (FASUBRA, SINASEFE, IBGE, Cultura, Saúde RJ, Judiciário) sendo que estas foram isoladas em si mesmas, ajudando o governo a derrotá-las.
Temos uma oportunidade de ouro e não podemos desperdiçar. Seguir o exemplo do que está ocorrendo no estado do Rio, onde o empenho pela unificação dos comandos e das greves é uma definição de docentes e técnicos da UFF, UFRJ, UNIRIO e URRFJ. Mesmo sendo óbvio aos honestos lutadores a importância de unificar as categorias em luta, é necessário destacar que isso ainda é uma batalha no interior das assembleias.

Vamos à Greve da Educação!
Até a Vitória!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Assembleia do SINTUFF aprova deflagração de greve dia 28/5

Foto: Barbara Hauret
O governo anunciou recentemente que aprofundará o ajuste. A equipe econômica avaliou a necessidade de um novo corte de entre 80 e 90 bilhões. Dilma reafirmou que: “o corte será grande” para garantir a meta de economizar R$66,3 bilhões em todo o setor público. Também se aventou um aumento nos impostos.
O corte inicial de 7 bilhões na educação provocou crises de falta de materiais e de serviços essenciais como limpeza e segurança. Agora Dilma quer continuar cortando e ajustando nossos direitos e salários. No entanto os bancos continuam lucrando.
Mas a educação de todo o país está reagindo. Os professores nos estados estão protagonizando fortes greves, PR, SE, PA AM. Destaque para os educadores de Paraná que estão deixando o governador Beto Richa nas cordas.  As universidades já estão parando. Há ocupação na UFRJ, paralizações e atos na UERJ e UENF. De fato não há como funcionar em situações de grande precariedade. Os docentes das universidades indicaram greve e nós servidores aprovamos indicativo de greve unificada em um Congresso histórico que derrotou o governismo na FASUBRA.
A assembleia dos servidores da UFF se reuniu no dia 21/5 e, acompanhando o movimento nacional, votou pela deflagração da greve. Os docentes fizeram assembleia no mesmo dia e também votaram pela greve.

 A assembleia aprovou o seguinte calendário de luta:

Dia 25/5
- Integração ao comando estadual de greve que se reunirá no Andes.

Dia 26/5
- Plenária unitária com os três segmentos da UFF (professores, técnicos e alunos) para fundar o comando unificado.

Dia 27/5
- Ato no CUV.

Dia 28/5
- Deflagração de uma greve unificada com professores
- Rejeitar qualquer proposta das chefias para realizar rodízios. Trabalho essencial é trabalho com a vida (HUAP) e trabalho dos responsáveis pelo pagamento de salários.
- Mobilização e visita aos locais de trabalho
- Piquetes de convencimento nos locais: reitoria, Gragoatá, Valonguinho, Praia vermelha e HUAP.

 Dia 29/5
- 9h Ato unificado das três categorias em greve em Niterói

- 16h Ato unificado na Candelária.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

XXII CONFASUBRA aprova greve nacional para o dia 28/05

Foto: Júlio Fernandes
No último dia de congresso, os trabalhos começaram com a prestação de contas, seguida pela mesa que apresentou as pautas tiradas nos grupos de trabalho do dia anterior. Os pontos em comum foram aprovados pela plenária, faltando realizar as resoluções dos destaques.
Antes do almoço foi proposta a votação de um calendário de atividades incluindo a deflagração da greve na educação para o dia 28 de maio, que foi aprovado por unanimidade. Agora é necessário que se faça uma rodada de assembleias nas bases para ratificar essa orientação.
Conforme acordado, o processo eleitoral para a nova coordenação da FASUBRA iniciou-se às 13 horas. Por 648 a 620 votos, a chapa 1 UNIFICAR PARA LUTAR saiu vitoriosa e será maioria na coordenação da federação com 13 cargos dos 25.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Unidos Pra Lutar chama unidade da esquerda no XXII CONFASUBRA

GT Seguridade Social e Aposentados
Fotos: Barbara Hauret
O quarto dia do congresso começou com a aprovação do regimento eleitoral. Em seguida, com muito atraso, deu-se inicio à mesa de Hospitais Universitários e EBSERH.
Porém o destaque do dia foi a rebelião da base do congresso frente a possibilidade de não ocorrerem os grupos de trabalho. Um espaço importante de discussão política, onde os delegados podem debater as pautas especificas a fim de construir um plano de lutas para o próximo período. Graças a pressão da base, os grupos de trabalho aconteceram qualificando o debate político no congresso. Foram 10 GTs, incluindo HUs x EBSERH e Seguridade Social e Aposentados que tiveram maior adesão de delegados.

A Unidos pra Lutar chama a unidade da esquerda para construir uma forte luta contra o governismo na FASUBRA. Segue abaixo o manifesto:

GT HU's x EBSERH


POR UMA CHAPA UNITÁRIA DA ESQUERDA

Vivemos um momento histórico no país, aonde os trabalhadores, através de greves e mobilizações, vêm dando resposta ao governo Dilma e a todos os governadores que aplicam os planos de ajuste. É greve de operários, de garis, de rodoviários, de educadores em diversos estados, sendo vanguarda a bela resistência dos professores do Paraná.

Nossa luta começa a ter êxito com a esquerda se tornando maioria do Congresso da Fasubra e com a vitória do Roberto Leher para reitor da UFRJ. Por isso no final de maio a educação federal (Fasubra, Andes e Sinasefe) deve iniciar sua greve unificada.

É necessário que as correntes de esquerda na Fasubra (Base, Vamos a Luta, Unidos Pra Lutar, PSLivre e independentes) se unifiquem em UMA CHAPA UNITÁRIA NESTE CONGRESSO. Uma chapa que aponte um norte a esquerda para a luta que enfrente os ajuste de Dilma, do congresso e dos tucanos. Que prepare as bases para construir a greve unificada da educação, com um comando unitário entre Fasubra, Andes e Sinasefe.

Para tanto propomos:

• Realizar uma grande plenária unificada da esquerda para construirmos uma CHAPA UNIFICADA para derrotarmos os governistas dentro da nossa federação
• Plano de lutas que vá além do processo eleitoral e que norteie a greve e todos os movimentos de reivindicações da nossa categoria

Unidos pra Lutar

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Esquerda unificada é maioria no XXII CONFASUBRA

Esquerda unificada é maioria no congresso.
O terceiro dia do XXII CONFASUBRA começou com a votação de recursos de delegados questionados por algumas delegações. Os dois primeiros recursos eram sobre representantes eleitos de forma ilegítima. Na votação desses contestações, o bloco da esquerda unificada venceu com mais da metade do total de votos, impedindo assim que as irregularidades fossem adiante e respeitando o estatuto. No terceiro recurso também havia irregularidades. A delegação do SINTEPS foi eleita sobre uma base não devidamente comprovada. Os companheiros do PSLivre e da Unidos pra Lutar se mantiveram coerentes com as votações anteriores e defenderam a integridade do estatuto. Infelizmente, o coletivo Base e Vamos à Luta fizeram a defesa pelo credenciamento desses delegados irregulares. Mesmo assim, alguns companheiros da base desses coletivos mantiveram a coerência e votaram novamente contra o descumprimento do regulamento.
Depois do almoço, a Unidos pra Lutar realizou uma reunião aberta para fazer um balaço parcial do congresso. Foi destacado a importância da esquerda unificada para construir uma greve geral na educação junto ao ANDES e SINASEFE. Criticou-se o atraso na programação do congresso que está prejudicando o debate político. Enquanto a base é obrigada a ficar esperando, acordos são feitos nos bastidores da direção.
A programação do congresso seguiu com a combinação de duas mesas, Educação e Opressões, devido ao retardamento dos trabalhos do congresso. Destacou-se a importância da FASUBRA se manter ativo no debate das mulheres, negros e LGBTs, tendo em vista que estes são os mais prejudicados com o pacotaço de Dilma/Levy.

Congresso da FASUBRA tem início conturbado

Fotos: Barbara Hauret
O XXII CONFASUBRA teve atraso de um dia para começar os debates por conta de complicações com uma delegação. Ontem o dia inteiro o Congresso da FASUBRA ficou paralisado porque havia um questionamento de parte dos delegados do SINTEPS dirigidos pela Ressignificar, corrente da DS/PT/CUT. Queriam credenciar cerca de 100 delegados quando o número de trabalhadores na base só legitima metade dessa delegação. Tal manobra em cima de uma base inflada fere o regimento do congresso. Na verdade, os governistas, através da fraude de delegados, queriam distorcer a correlação de forças do Congresso da FASUBRA. Com intuito de impedir que o congresso vote resoluções políticas de luta contra o ajuste de Dilma/Levy e a favor da greve unificada com o ANDES. Na reunião da comissão nacional do congresso (formado pela direção da FASUBRA e por um representante de cada sindicato), infelizmente, já havia sido firmado um acordo entre os governistas e os companheiros do Base e Vamos à Luta pelo credenciamento de parte dos delegados questionados. Os únicos que foram contra esse acordo e propuseram não credenciar os delegados fraudados foram a Unidos pra Lutar e o PSlivre. Perdemos a votação na comissão, mas seguiremos essa batalha. Após muito postergar o sufrágio do recurso, ficou acertado que logo pela manhã do dia seguinte a votação seria feita antes de iniciar a primeira mesa. 
A primeira mesa desse segundo dia do CONFASUBRA teve tema duplo por conta dos atrasos devido a perda de um dia inteiro. Após a abertura oficial com saudações de representantes das várias centrais e coletivos presentes, instalou-se uma mesa para debater a conjuntura. Dentre as várias falas se destacou a do convidado vereador Babá (PSOL/RJ) que denunciou fortemente os governos do PT e toda sua base aliada desmontando a falsa polarização PT/PSDB. Denunciou que quem se une com o PT é a direta, pois a política adotada pelo governo atual é a de retirada de dinheiro do pobres e o arrocho aos trabalhadores entregando a riqueza do país nas mãos dos banqueiros, empreiteiras e agronegócio. Babá lembrou que Beto Richa quer aplicar a mesma lógica da Reforma da Previdência de Lula que prejudicou milhares de trabalhadores conclamando a categoria presente a seguir o exemplo dos professores do Paraná e convocar Greve Geral.
O debate que aconteceu depois do almoço foi sobre relações de trabalho e organização sindical. Uma mesa com maioria governista onde apenas o companheiro Rodrigo Teixeira (Insurgência/PSOL) e um representante da CSP Conlutas representavam a esquerda. A primeira fala sorteada foi a de Rodrigo que fez duras críticas a organização sindical cutista que apesar de se dizer contra o imposto sindical faz amplo uso desse recurso que atrela o sindicalismo ao governo burocrático. As intervenções dos debatedores seguintes foram todas negando as críticas do primeiro debatedor e fazendo afirmações absurdas. Um dos representantes da CUT defendia veementemente a velha organização sindical atrelada o governo através de acordos  e mesas de enrolação. Sabemos que essa presidência só atende a voz das ruas e so conhecer a linguagem da greve. Só a luta pode trazer ganhos para a classe trabalhadora. Existem muitas lutas em curso que tem passado por cima da burocracia sindical e indicando o caminho para os trabalhadores. Lutas como a dos garis do Rio, greve de professores do Paraná e outras greves operárias que vem surgindo anunciam uma nova vanguarda de luta e anti burocrática que atua por fora dos velhos aparatos e das direções carcomidas.