terça-feira, 29 de novembro de 2011

Em defesa das 30 horas sem redução de salários

Mesmo após as palavras do reitor, afirmando que respeitará a decisão da maioria dos servidores do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), continua a pressão por parte da administração pela instalação do ponto eletrônico. A opinião amplamente majoritária entre os servidores do HUAP é que a manutenção das 30 horas é mais importante que os Adicionais de Plantão Hospitalar (APH). O SINTUFF levará mais uma vez este debate ao Conselho Universitário (CUV), nesta quarta-feira, 30, às 9 horas.
O sindicato espera que o reitor reafirme suas palavras no Conselho e consulte os servidores do HUAP. O SINTUFF continuará lutando para aprovar no CUV uma resolução que impeça a instalação do ponto eletrônico.

Enfermagem vai a Brasília reivindicar 30 horas
O Conselho Regional de Enfermagem (COREN) está organizando a "Caravana das 30 horas já" que levará profissionais e estudantes de enfermagem a Brasília, no próximo dia 30 de novembro. Os manifestantes do Rio se unirão a outros de todo o Brasil num ato público durante a 14ª Conferência Nacional de Saúde, no próximo dia 1/12, na capital federal.
Há 30 anos a enfermagem brasileira busca a aprovação deste Projeto de Lei, que beneficiará, só no Rio de Janeiro, a vida dos mais de 200 mil profissionais de enfermagem.

Ocupação da UNIR em Rondônia força renúncia do reitor acusado de corrupção


Depois de mais de dois meses de histórica greve e exatos 50 dias de ocupação da Reitoria, os professores e estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) receberam a notícia da renúncia do reitor José Januário de Oliveira Amaral no dia 23/11.
Foi uma importante vitória dos estudantes, professores, funcionários e pais de alunos, na luta em defesa de uma universidade pública, democrática e autônoma.
Foram meses de denúncias sobre as precárias condições da UNIR: falta de professores e infraestrutura, déficit de 490 técnico-administrativos no quadro de pessoal, entre outras demandas. Um laudo do Corpo de Bombeiros ainda aponta a quase inexistência de sistemas de combate a incêndio e pânico, as saídas de emergência estão trancadas, falta água na tubulação e mangueiras dos sistemas de hidrantes, extintores com a data de validade vencida, faltam de sistemas de sinalização, alarme e iluminação de emergência.
A administração de Januário é alvo de investigação de uma comissão do Ministério da Educação após diversas e graves denúncias de irregularidades, incluindo o desvio de recursos que envolvem a Fundação Rio Madeira (RIOMAR). Entre as denúncias feitas por estudantes e professores, contidas em um dossiê enviado a Brasília, estão o mau uso de verbas públicas e fraude em concurso.
Os professores e estudantes em greve demonstraram grande combatividade nas semanas de luta contra o sucateamento da UNIR e contra o autoritarismo de Januário, que chegou a chamar os estudantes que ocupavam reitoria de “bandidos” “dignos de Urso Branco” (um presídio de Rondônia, um dos piores do Brasil).
Por todo o país, entidades estudantis fizeram campanhas de solidariedade e enviaram notas de apoio à ocupação na UNIR, que teve início no dia 5/10. Estudantes da USP, que atualmente travam vigorosa luta contra a presença da PM no campus, também enviaram seu apoio. As irregularidades da reitoria e a greve foram matéria na última edição do programa Fantástico, da Rede Globo.

Plebiscito a favor dos 10% do PIB para a educação

A campanha pelos 10% do PIB para a educação avança! Após uma vitoriosa mobilização na Praça da Cinelândia que durou o dia inteiro com shows e intervenções, a luta continua. Começa hoje na UFF a votação do plebiscito. Trata-se de uma consulta popular para saber se a sociedade quer ou não que se aplique essa medida de investimento na educação. Está montada uma urna do plebiscito no saguão principal de entrada do HUAP. É de grande importância que todos votem e expressem sua cidadania em defesa da educação brasileira. Esse plebiscito está acontecendo a nível nacional. Outros estados já passaram pelo processo plebiscitário e obtiveram bons números (clique aqui para ver alguns dados). Caso você queira participar desse movimento mas não possa comparecer pessoalmente à urna, também é possivel participar da campanha através da consulta eletrônica (clique aqui para ir para o site), mas são coisas diferentes, portanto se você tem condição de participar da votação do plebiscito e da consulta eletrônica, faça-o! Essa simples atitude e disposição pode mudar a história da educação pública deste país!
O SINTUFF apoia essa mobilização em defesa da educação pública e da população brasileira!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Festa de Fim de Ano 2011


O SINTUFF realiza sua tradicional Festa de Fim de Ano no dia 17/12 (sábado), a partir das 18 horas, no Clube Mauá, cuja localização é na Avenida Presidente Kennedy, 635, em São Gonçalo. Cada sindicalizado, portando seu convite e documento oficial com foto, poderá levar um acompanhante, que deverá chegar à festa junto ao associado. A festa terá música ao vivo, comes e bebes e sorteio de dezenas de prêmios. Participe de um Natal solidário. Leve um brinquedo e doe para as crianças carentes. Os convites para a festa poderão ser retirados entre os dias 28/11 e 9/12.

Locais para retirada dos convites:
Funcionários do HUAP: subsede do HUAP
Demais unidades: sede do Valonguinho
Aposentados: sede do Valonguinho e subsede do HUAP

Senado aprova EBSERH, mas a luta segue na justiça, nas ruas e nas universidades

O Senado Federal aprovou no final da tarde desta quarta, 23, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 79/2011, que autoriza o governo a criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerir os Hospitais Universitários (HUs). O projeto foi aprovado com 42 votos a favor e 18 contrários. A EBSERH exclui do âmbito das universidades a gestão desses hospitais, tirando deles o caráter de formação.

Histórico
Servidores das universidades em greve obstruem votação da EBSERH em setembro
A luta contra a empresa hospitalar nos HUs se estende desde 31/12/2010, quando o presidente Lula, no apagar das luzes, assinou a Medida Provisória (MP) 520. Foi uma dura batalha que acabou com uma vitória importante para os trabalhadores, no dia 1/6, quando, devido ao decurso de prazo, a MP 520 caiu no Senado. Entretanto, o governo federal, demonstrando que a saída que busca para os HUs passa pela privatização, por meio de convênios com o setor privado, editou um projeto de lei em regime de urgência que, atropelando os debates, acabou aprovado na Câmara e, agora, no Senado.
O PLC 79/2011 fere o artigo 207 da Constituição que trata da autonomia universitária, ao passar a gestão dos hospitais universitários a uma empresa de fora das instituições de ensino, ainda que vinculada ao Ministério da Educação.

Ação no STF
Senadora Marinor Brito (PSOL) pretende acionar a Justiça contra EBSERH
Senadores contrários à matéria avisaram que, da mesma forma que questionaram no Supremo Tribunal Federal (STF) a Medida Provisória 520/2010, voltarão a acionar a Justiça contra o PLC 79/2011.
- O PSOL entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a MP 520/2010 e vai tomar a mesma medida com aprovação deste projeto. Ele representa a morte anunciada dos hospitais universitários, a banalização das instituições, reduzindo-as a meras prestadoras de serviços na área da saúde. Afirmou a senadora Marinor Brito (PSOL-PA).
Apesar da aprovação do projeto, o SINTUFF entende que a luta contra a empresa hospitalar segue viva. O sindicato apoiará as ações judiciais de inconstitucionalidade contra a EBSERH, manterá a campanha pública de denúncia e pressionará a administração da universidade a resistir ao projeto, de forma a impedir a adesão do Hospital Universitário Antônio Pedro a este modelo de gestão.

Denúncia dos parlamentares

O SINTUFF abriu uma forte campanha de denúncia dos deputados que aprovaram a EBSERH na Câmara dos Deputados. Cartazes, banners e panfletos com as fotos e nomes dos deputados estão sendo espalhados e distribuídos pelas ruas.
Vá até a sede do SINTUFF no Valonguinho ou à subsede do HUAP e pegue cartazes e panfletos para denunciar em sua comunidade os parlamentares que aprovaram o projeto que avança na privatização dos hospitais universitários.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Audiência com o reitor Roberto Salles sobre política de cotas na UFF no dia 23/11

Há dez anos foi instituída nas universidades a política de cotas. Esta medida veio para beneficiar parcelas historicamente excluídas da população, prioritariamente negros e pobres que pouco ou nenhum aceso tinham ao ensino superior. Este fato gerou grandes polêmicas.  Hoje existem 70 universidades estaduais ou federais que adotam algum tipo de cota em seus vestibulares. A primeira universidade a adotar o sistema de reserva de vagas foi a UERJ. A universidade reserva 45% do total de vagas para os candidatos carentes, divididos da seguinte maneira: 20% são para candidatos de rede pública, 20% para negros ou indígenas e 5% para candidatos com deficiência ou filhos de policiais, bombeiros, inspetores de segurança e administração penitenciária mortos ou incapacitados em razão do serviço.  A UFRJ adotou o sistema de cotas sociais no ano 2010.  De acordo a estudos efetuados, atualmente o índice de evasão é maior entre não cotistas do que entre cotistas. A UFF utiliza apenas o sistema de bônus (10% na nota final) para quem cursou o ensino médio na rede pública. A ação afirmativa mais utilizada pelas universidades é a que beneficia alunos das escolas públicas. Depois desta vêm as cotas para negros, indígenas e deficientes físicos. Atualmente nenhuma instituição de ensino possui somente cota para negros.
 As questões sociais e raciais dialogam. Portanto é necessário avançar neste debate no sentido de ir superando as exclusões. Um estudo realizado na Universidade de Brasília (UNB) confirmou que o número de professores negros nas universidades públicas não chega a 1%.  A diversidade no ambiente educacional é fundamental para a elaboração de novos pensamentos construídos a partir de diferentes experiências. 
A UFF precisa encarar esta discussão. A comunidade universitária e a sociedade terão a possiblidade de dialogar sobre as ações afirmativas nas universidades no dia 23 de novembro às 14h30, em debate com a presença do reitor Roberto Salles, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Amilcar Araújo Pereira e coordenadores do SINTUFF. Participe!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

SINTUFF participa de ato em favor de Marcelo Freixo

Consciente dos fatos recentes, referentes à segurança pública e às ameaças de morte ao deputado Marcelo Freixo, o SINTUFF foi às ruas. Junto à população e ao movimento estudantil o sindicato participou do protesto contra as milícias e a favor do parlamentar ameaçado.
Unidos numa marcha sobre Copacabana, pessoas de todas as idades e classes sociais se uniram em torno desta causa que repercutiu em todo o país.
O SINTUFF se solidariza a Marcelo Freixo e espera que ele retorne o mais breve possível para continuar o bom trabalho que tem exercido. Convocamos todos para serem solidários com essa causa, que não é apenas do deputado mas de toda sociedade. Como disse o próprio Freixo, se os milicianos estão se achando fortes o suficiente para ameaçar desta forma um deputado, imaginem o que simples moradores das comunidades dominadas por essas milícias sofrem.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

#ForçaMarceloFreixo

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) está na Europa a convite da Anistia Internacional. A iniciativa foi motivada pelas circunstâncias recentes em que pioraram a quantidade e a  gravidade das denúncias recebidas pelo parlamentar de planos para matá-lo. Foram sete denúncias apenas em outubro. Freixo aceitou o convite da Anistia como uma forma de se afastar do Rio de Janeiro e do País em um momento no qual se tornou mais crítica a questão de sua segurança. Nesse período de afastamento, o deputado espera que sejam tomadas providências para completar o aparato a serviço de sua proteção.
Além disso, Marcelo Freixo está na Europa para denunciar internacionalmente a situação do Rio de Janeiro no que se refere ao avanço territorial, econômico e armado das milícias. Segundo o deputado, apesar das mais de 500 prisões de milicianos realizadas desde 2008, falta ao Estado cumprir a maioria das 58 propostas de ações concretas, apresentadas no Relatório Final da CPI das Milícias, para enfrentar o problema em sua raiz, principalmente, cortando seus sustentáculos econômicos. Freixo cobra ações estruturais para garantir não só a sua segurança, mas de toda a população que vive nos territórios subjugados por esse tipo de máfia. Entre as ações propostas para dar visibilidade às denúncias do deputado, a Anistia promove encontros com autoridades e palestras na Europa. Leia a nota da Anistia Internacional e da Front Line Defense.