quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Forte ato reforça o "NÃO" à EBSERH

Fotos: Zulmair Rocha
Após uma semana de forte mobilização marcada por um vitorioso ato no HUAP em unidade com estudantes e professores, a categoria mostrou sua disposição de luta ao encher o auditório da Geociências onde acontece o Conselho Universitário (CUV), instância máxima em deliberação dentro da UFF. Mesmo depois de um feriado prolongado a fibra dos lutadores dos três segmentos da universidade não esmoreceu mas levantou-se firme contra a ameaça que alarmou todos os trabalhadores da universidade: A ameaça de aprovação da EBSERH no CUV de ontem (29/10).
Junto com o SINTUFF estavam representantes da ADUFF, ASUNIRIO, SINTUFRJ, FASUBRA e ANDES. Uma forte delegação de servidores do hospital compareceu ao CUV mostrando sua indignação. Os estudantes da chapa de oposição ao DCE, “Para Virar a UFF do Avesso”, estiveram em peso trazendo toda energia do movimento estudantil para barrar a EBSERH. Estudantes de medicina e do interior também compuseram esse ato. Estavam presentes os vereadores do PSOL de Niterói, Renatinho e Paulo Eduardo além do recém eleito deputado estadual Flavio Serafini.

Infelizmente vimos mais uma vez a política proposital de esvaziamento do CUV. O reitor sentiu o peso da mobilização e tentou negar que existisse um contrato preparado. Da mesma forma o diretor do HUAP, Tarcísio Rivello, argumentou que o contrato que fora visto em sua mesa se tratava do documento referente ao acordo entre a EBSERH e a UFMG o qual tinha “pontos positivos” sob sua ótica. Eles mentem e enrolam. Sabemos que existe negociação em curso, mas insistem em esconder dos trabalhadores.
O ato iniciado no CUV se estendeu para a rua numa caminhada até o bandejão onde estudantes, professores, trabalhadores do HUAP e de toda universidade marcharam juntos denunciando a tentativa de entrega do Antônio Pedro à iniciativa privada. A atividade foi vitoriosa e marcou a continuidade de um calendário de lutas. A força e convencimento da comunidade universitária demonstrou que a luta organizada pode barrar a EBSERH.









sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Todos ao Conselho Universitário para barrar a EBSERH nesta quarta-feira, 29/10, 8h, Geociências

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Servidores, docentes, estudantes e usuários se mobilizam para barrar a EBSERH no HUAP


Servidores, docentes, estudantes e usuários ocuparam as escadarias da entrada do Hospital Antônio Pedro (HUAP), na manhã de quarta (22), denunciando a tentativa da implantação da EBSERH na UFF. A realização deste ato surgiu das resoluções votadas na reunião dos servidores do hospital, convocada pelo SINTUFF, que definiu também uma campanha e um calendário de atividades para impedir a privatização do HUAP.
Vários servidores vestiram a camisa e adesivos da campanha antes de entrar para o trabalho, dando visibilidade e expressando a rejeição dos servidores ao projeto privatista. Outros acompanharam a atividade e se somaram à panfletagem e à agitação. Uma faixa com os dizeres “Barrar a EBSERH em defesa da saúde pública” foi estendida no semáforo da Av. Marques de Paraná chamando a atenção dos motoristas e transeuntes. Os coordenadores do SINTUFF interviram explicando os prejuízos graves que causará a entrada da EBSERH no hospital. Servidores denunciaram as péssimas condições de trabalho com que lidam todos os dias, produto das obras executadas pela administração da UFF sem o planejamento necessário para impedir a falta de segurança que apresentam os ambulatórios e o desconforto no atendimento dos pacientes.
Diversos sindicatos, movimentos sociais e parlamentares se somaram ao ato. Estiveram presentes os professores Renata Vereza e Gustavo Gomes, presidente e vice presidente de ADUFF (Associação dos Docentes da UFF), o professor Romildo Vieira do Bomfim da Faculdade de Medicina da UFRJ e representante da ASDUFRJ (Associação dos Docentes da UFRJ), a Dra. Genilce Ferreira Lotfi, representante da ASPMN (Associação dos Servidores da Saúde Municipal de Niterói), Wilson Ferreira Mendes, Coordenador Geral da ASUNIRIO (Associação dos Servidores da UNIRIO). Representantes do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina e da Oposição no DCE-UFF marcaram presença com expressiva participação. Os vereadores Paulo Eduardo Gomes, Renatinho e Henrique Vieira e o deputado estadual eleito pelo PSOL, Flavio Serafini, participaram apoiando a luta contra a privatização. “Vale lembrar que no orçamento federal 3 trilhões ao ano são gastos em dívida pública... parte dos recursos que sai do bolso dos trabalhadores chega ao tesouro nacional e depois vai para o bolso de 15.000 credores... para os grandes financiadores do capitalismo internacional... na lógica desse modelo sobram poucos recursos para os serviços públicos como a saúde...” enfatizou o vereador Henrique Vieira.  Médicos do HUAP se somaram à atividade. A Dra. Ana Amélia Rios que, desde o início desta luta, atua como importante parceira do SINTUFF e o Dr. Vladimir Tadeu Baptista Soares manifestaram posição enfática contra a EBSERH: “...A EBSERH é um instrumento de poder de denominação dos profissionais da saúde porque ela acaba com o regime do servidor e implanta o regime celetista...”, afirmou Vladimir.
O coordenador geral do SINTUFF, Pedro Rosa, encerrou o ato chamando a todos os setores a se organizarem para continuar nesta luta unificados. Esta vitoriosa atividade apontou a perspectiva da construção um forte movimento que sem dúvida será a garantia para barrar a privatização do HUAP. 

O próximo passo será a mobilização no CUV dia 29/10, às 8h, no Auditório da Geociências.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

HUAP sob ameaça de privatização. Hora de barrar a EBSERH e as catracas!


Desde 2007 o governo federal vem tentando privatizar os Hospitais Universitários. Os governos do PT/PMDB criaram a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) em 2011 e já entregaram mais de 20 hospitais universitários à privatização. Aécio também já confirmou que seguirá o plano de privatizações. A desculpa sempre é a mesma: NÃO TEM VERBAS. Mentira! Atualmente o governo paga mais de 2 bilhões por dia aos banqueiros pela dívida pública. Este valor podia sustentar por 25 anos hospitais como o HUAP.
Várias universidades se mobilizaram e conseguiram barrar as privatizações, a exemplo da UNIRIO e da UFRJ. Recentemente o MEC visitou o HUAP numa clara demonstração de acelerar a entrada da EBSERH no hospital. O reitor Roberto Salles já deu sinais de que pretende assinar o contrato com a empresa antes de deixar o cargo em novembro.
NÃO VAMOS DEIXAR O REITOR ENTREGAR NOSSO HOSPITAL A UMA EMPRESA PRIVADA!
Há motivos de sobra para rejeitar este projeto:

1 - A EBSERH é uma empresa de direito privado, portanto tem um claro objetivo: O LUCRO.
A lei 12.550/11 que criou a EBSERH abre as portas dos hospitais universitários aos planos de saúde. Assim, visando o lucro, abrirá o hospital para atendimento de planos de saúde, diminuindo sensivelmente o número de leitos, exames, consultas, que já são restringidos, para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

2 - A EBSERH poderá fazer contratações para o hospital sem concurso público e gastos sem licitação.
Isto que favorecerá o apadrinhamento e a corrupção, em detrimento da competência técnica para o exercício profissional.

3 - A EBSERH acaba com a autonomia universitária.
Os professores, estudantes e servidores perderão o livre direito de decidir sobre suas pesquisas. A empresa priorizará as que rendam lucro. A lei explicitada que haverá gerente de pesquisa hospitalar.

4 - A EBSERH prejudicará os servidores do quadro.
Todos os trabalhadores, sejam atuais do quadro, os futuros, os terceirizados, serão submetidos a gerência da EBSERH, que terá direito de alterar horários, plantões e escalas, colocando em risco as 30 horas de trabalho. A EBSERH fará a avaliação de desempenho dos funcionários, o que ameaça a progressão funcional.  Os servidores que trocarem pelo regime CLT, previsto pela EBSERH, iludidos com a expectativa de receber melhores salários, poderão perder a estabilidade e ser demitidos a qualquer hora. A rotatividade de servidores desumaniza o trato com o paciente e prejudica a qualidade do atendimento. Os servidores poderão sofrer defasagem salarial e excesso de trabalho.

5 - A EBSERH prejudica estudantes?
A EBSERH terá poder de decisão sobre o ensino, a pesquisa e a extensão realizados nos HUs. A Empresa poderá fazer convênios com faculdades privadas, vendendo vagas de estágios, residências, etc.
HÁ QUE SE IMPEDIR A PRIVATIZAÇÃO DO HUAP. ESTA É UMA LUTA DE TODOS: USUÁRIOS, ESTUDANTES, PROFESSORES E SERVIDORES.
NÃO À EBSERH! SOME-SE A ESTA CAMPANHA.

Calendário de luta:
- Sexta (17/10), segunda (20/10), terça (21/10), desde as 7h, panfletagem na frente do HUAP.
- Quarta (22/10), ato público, às 7h, em frente ao HUAP.
- Quarta (29/10) ato no CUV.
- Segunda (24/11) audiência pública sobre a EBSERH na Câmara dos Vereadores de Niterói às 18h

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Reunião no HUAP prepara mobilizações para barrar EBSERH e catracas

 A ameaça da privatização do Hospital Antonio Pedro vem sendo ensaiada desde a famigerada MP 520, presente de despedida que Lula nos deixou. Há alguns anos tentam implantar a EBSERH e o SINTUFF junto aos servidores vimos nos opondo e combatendo. Várias universidades do estado do Rio de Janeiro e de todo Brasil protagonizaram lutas vitoriosas, a exemplo da UNIRIO e da UFRJ, que com a força da mobilização da comunidade universitária  conseguiram que os Conselho Universitários de cada unidade de ensino não aprovassem a implantação da Empresa.
Agora quem está sob  ameaça desta ofensiva é a UFF. Existe a possibilidade de que a atual gestão assine o contrato com a EBSERH antes de passar o gabinete, tal qual Lula fez no apagar das luzes. Muitos relatos confirmam que o contrato já está pronto esperando apenas para ser assinado. Em outras universidades, práticas semelhantes foram utilizadas para implementar a EBSERH . Lembremos quando se aprovou o REUNI no tribunal de justiça com a PM na porta impedindo a entrada de conselheiros que eram contra dita reestruturação.
Enquanto isso, um caos se instala no hospital provocado pela obras constantes. Diversos setores funcionam sem condições de segurança e mobilidade no prédio anexo da emergência. O ambulatório ocupa o quinto e sexto andares dividindo espaço com outras diversas especialidades. Pacientes com dificuldades de locomoção se aglomeram em frente ao único elevador operante para todo prédio. Na recepção do HUAP agora também forma-se uma fila para "controlar o acesso" das pessoas, o que causa mais transtorno ainda. Segundo alguns profissionais, essa barreira na entrada do hospital atrasa a chegada do paciente no setor e por consequência atrasa o atendimento causando acúmulo. Outros setores sofrem situações de extremo calor e dificuldade de acesso à obtenção de água, visto que não tem laboratório na sala, o que acontece no setor da Puericultura.
 Não obstante, segue com força a pressão para que as catracas passem a funcionar de fato, embora não haja laudo dos bombeiros para que elas sequer estejam onde estão.
Tendo em vista todas as considerações colocadas na reunião acontecida hoje, terça feira 14/10  no HUAP, foi resolvido a realização de um ato no dia 22/10, quarta-feira, à partir das 6:30, a fim de  encampar uma grande campanha de mobilização para barrar a EBSERH e a catraca. SINTUFF convoca a todos para participar e se somar a esta luta.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

HUAP - Obras no ambulatório causam transtorno e oferecem risco.

Fila no saguão ocupa espaço e causa transtorno
Com as obras no ambulatório do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), o setor foi transferido para o quinto e sexto andares do prédio anexo da emergência. Esta edificação não oferece a menor estrutura para circulação de pessoas visto que funciona com apenas um elevador e com escadas que apresentam defeitos nos degraus e falta de corrimão. O difícil acesso ainda causa filas imensas apenas para pegar o elevador. Pessoas de idade avançada, com muletas, cadeirantes e pessoas com crianças de colo sofrem tendo que passar muito tempo em pé apenas para chegar no ambulatório. Quando conseguem chegar no setor, os pacientes ficam amontoados pelos apertados corredores dos andares onde funciona atualmente o ambulatório.
Outra medida recém aplicada pela direção do hospital foi o "controle" de acesso ao HUAP colocando uma fila, semelhante a que se vê em bancos, para que as pessoas obrigatoriamente passem pelo balcão que tem no hall de entrada do hospital. A tal fila ocupa um espaço enorme no saguão causando transtorno maior ainda. Além de colocar catracas ainda inventam "soluções" para "resolver" o problema das obras no ambulatório que aumentam o problema de mobilidade. É importante lembrar que o HUAP é abrigado por um prédio muito antigo que não tem rota de incêndio e nem laudo dos Bombeiros para funcionar.
Antes que o ambulatório funcionasse no prédio da emergência e inventassem uma fila no saguão, a mobilidade dentro do hospital já era difícil, agora tornou-se impraticável.


Quinto andar do ambulatório quando está "vazio"
Fila para o elevador da emergência começa no corredor principal...
...continua pelo corredor do prédio anexo...
...até chegar no em frente ao único elevador funcionando.
Corrimão apenas pra quem sobe
Degraus com falhas que oferecem risco de acidente
Menino enfrenta com bom humor a difícil situação