Fotos: Barbara Hauret |
O primeiro dia de greve na UFF começou com muita mobilização
e diversas atividades.
Como tirado nas assembleias dos três setores, foram feitos
piquetes de convencimento pela manhã no Gragoatá com adesão de 100%, ninguém
entrou no campus o dia todo.
O SINTUFF esteve presente também no campus do Valonguinho,
com carro de som, fazendo falas e dialogando com os estudantes, docentes e técnicos
que ainda não aderiram à greve.
No Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), os
estudantes de Medicina fizeram um forte ato na porta do Hospital com cartazes e
faixas, distribuindo uma carta à população divulgando suas pautas e reinvindicações.
Junto aos técnicos administrativos, com ajuda do carro de som do SINTUFF,
conseguiram chamar atenção dos pedestres e carros que passavam pela região.
Em seguida, com apoio da população em seu trajeto, os
estudantes decidiram seguir em ato até à Reitoria, onde teria uma reunião com o
Reitor para negociar as pautas da ocupação, como ele mesmo havia prometido no
dia anterior.
No início da tarde, o pró-reitor de Gestão de Pessoas e
alguns de assessores de gabinete chegaram na ocupação representando a reitoria,
já que Sidney Mello não pode comparecer alegando motivos de saúde. Apresentaram
aos estudantes uma carta de negociação cujo último item era a desocupação após
ambos os lados assinarem. A carta, contudo, não contaria com a assinatura do
Reitor, apenas dos seus representantes ali presentes. Os estudantes decidiram
em assembleia não assinar a carta e continuar com a ocupação. Foi consenso
entre os discentes que o documento apresentado não contemplava integralmente as
demandas do movimento, além de ser falho na garantia do seu cumprimento. Foi elaborada
uma contraproposta que inclui a estabilidade de 2 anos para os terceirizados e
a não criminaliza ção da greve.
Abaixo, estão as pautas defendidas pela ocupação:
1) O calendário
acadêmico seja suspenso, garantindo a legitimidade da greve dos estudantes,
servidores e professores
2) Que a reitoria se reúna com os trabalhadores
terceirizados, garantindo a regularização dos seus salários, e, em caso
negativo, que o Ministério Público do Trabalho seja acionado. Queremos também a
garantia de que não haverá o corte de ponto durante a greve desses
trabalhadores.
3) Abertura do Bandejão da Praia Vermelha.
4) O pagamento imediato das bolsas de monitoria
atrasadas.
5) Reunião de negociação da reitoria com os três
setores em greve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário