O SINTUFF denuncia constantemente a intenção da administração central da UFF em instalar ponto eletrônico como controle de frequência. Não é novidade, há dois anos o reitor fez a mesma ameaça, com a acusação de que alguns trabalhadores do HUAP não cumprem a carga horária e por isso seria necessário instalar ponto eletrônico. Após várias manifestações contrárias, o reitor Roberto Salles veio ao hospital e, numa reunião com as chefias, prometeu que não instalaria qualquer controle de ponto eletrônico antes de debater com os trabalhadores do HUAP.
Agora a mesma ameaça
Com a desculpa de controle de acesso, o diretor e o reitor querem instalar a catraca eletrônica. O SINTUFF não é contrário ao controle de acesso, desde que seja com portarias e crachás. Qualquer controle eletrônico põe em risco as 30horas.
Não há lei que obrigue a instalação de ponto eletrônico. Qual a intenção do reitor? Foi eleito com a promessa de fazer cumprir as 30 horas. A intenção da catraca é atacar o direito dos trabalhadores, demonstrando submissão às intenções do MEC.
Onde há maior interesse pela privatização a pressão aumenta, pois empresas sempre buscarão a produção quantitativa para obter mais lucros. E a catraca faz parte desse pacote.
O reitor e o diretor do Hospital não estão de brincadeira. Estão empenhados na instalação da catraca eletrônica e a categoria precisa dar uma resposta urgente.
Os trabalhadores não são vagabundos, nem irresponsáveis. O controle de presença é atribuição das chefias. Os servidores querem que o reitor venha ao HUAP e faça a assembleia com o s trabalhadores como havia prometido.
Para completar a política da UFF contra os servidores, começando pelos do Antônio Pedro, também tentam acabar com a escala 12 x 36, penalizando dezenas de funcionários.
No Conselho Universitário, SINTUFF consegue adiar as medidas no HUAP
Quarta (27/2), na reunião do Conselho Universitário (CUV), os conselheiros do SINTUFF, Pedro Rosa e Ligia Martins, apresentaram a denúncia destes acontecimentos no HUAP. Cobraram do reitor Roberto Salles, que durante a campanha que o elege garantiu não colocar catraca eletrônica no hospital, sem antes debater com os próprios funcionários do hospital. Os representantes do sindicato também exigiram que não deveria haver tratamento diferenciado na universidade.
Infelizmente o reitor Roberto Salles afirmou que a catraca era necessária para combater vários médicos que não trabalham, ganham muito bem a insalubridade e não atendem o numero suficiente de pacientes. Para o sindicato este é um argumento fajuto, pois não se pode punir a grande maioria pelos erros de alguns poucos. Se existe gente que não trabalha, que seja dada a falta, não há necessidade de catraca para isso.
Após feitas as denúncias, o CUV acatou a proposta que o sindicato apresentou pela não instalação da catraca e para não haver tratamento diferenciado, com o reitor convocando uma assembleia dos estudantes e trabalhadores do HUAP no intuito de debater os problemas de escala, segurança e acesso. Com isso, até dia 27/3 nada pode ser imposto sem antes haver debate no CUV. Uma vitória da resistência e dos trabalhadores com seu sindicato.
O SINTUFF alerta a todo servidor para entrar nesta luta. A ameaça está explicita. O reitor, o diretor do HUAP e das unidades baixam a cabeça a toda intenção do MEC e das empresas privadas que querem se apossar da saúde e da educação.