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Servidores encheram o auditório em protesto
(Fotos: Zilmair Rocha) |
Pressa e ansiedade. Essas duas palavras resumem o sentimento do reitor Roberto Salles e do diretor (não eleito) do HUAP Tarcísio Rivello quando os temas são catraca eletrônica e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A seção do Conselho Universitário (CUV) de quarta (27/3), na Geociências, aprovou resolução indicada pelas câmaras conjuntas assegurando que catracas não serão utilizadas como controle de ponto e a formação de um Grupo de Trabalho (GT) para debater controle de acesso, segurança, escala de trabalho e frequência.
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Servidores protestam no CUV |
Causou estranheza, contudo, a postura do reitor Roberto
Salles que indicou a resolução para ser aprovada, mas logo a seguir bradou: “o
último item não impede o controle de acesso”.
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Servidores reunidos após o CUV |
O diretor (não eleito) do HUAP, Tarcisio Rivello, em sua fala frisou que “é um homem de ação e não de retórica”. Mas não justificou o fato de suas ações não serem deliberadas pelas instâncias deliberativas da UFF como o Conselho Deliberativo do HUAP e o CUV.
Em sua fala, o reitor Roberto Salles demonstrou toda sua ansiedade pela implantação da EBSERH. Afirmou que o caráter da empresa estatal de direito privado é, segundo suas palavras, “100% SUS” e, portanto, não representaria privatização.
A situação é preocupante. A implantação da EBSERH envolve cargos com remunerações vultosas para o alto escalão da estatal de direito privado. A pressa em adotar a EBSERH e instalar catracas aparenta ser o interesse particular de alguns sobrepondo os interesses da comunidade universitária.
O SINTUFF orienta que os servidores do HUAP não aceitem nenhum tipo de cartão eletrônico de entrada por este configurar controle de frequência, ferindo a decisão do CUV. O sindicato está disposto a garantir com mobilização da categoria e judicialmente que a decisão do Conselho seja respeitada.
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