quarta-feira, 31 de maio de 2017

Portaria que submetia servidores à EBSERH "estava totalmente errada, inapropriada e inadequada", admite reitor

Foto: Jesiel Araujo
O reitor Sidney Mello, durante a sessão ordinária (31/5) do Conselho Universitário (CUV), afirmou que está cancelada a Portaria 58.675. A medida submetia os servidores técnico-administrativos da UFF à EBSERH. Segundo o reitor, a Portaria não foi nem mesmo publicada.
Durante o Conselho (CUV), a conselheira Lígia Martins criticou veementemente o contrato da UFF com a EBSERH, que vem sendo sistematicamente descumprido pela empresa. Representando os servidores técnico-administrativos, Lígia afirmou: "Nós fizemos concurso público para a UFF e não queremos trabalhar para uma empresa privada".

Reitor diz que contrato com a EBSERH tem erros
Em resposta aos questionamentos dos servidores, Sidney respondeu dizendo que a Portaria estava errada e havia sido cancelada. "Ela [Portaria] estava totalmente errada. Foi inapropriada, inadequada e eu retirei a Portaria. E por isso eu cancelei. Nós cometemos vários erros aí. Primeiro, fizemos a portaria. Depois foram tentar consertar a Portaria, que foi o segundo erro, porque o que está errado é o contrato. Existem erros no contrato. Está retirada a portaria, não é cessão. E nem foi publicada", afirmou o reitor.

 

Estudantes denunciam desvio de recursos de Assistência Estudantil
Durante o Conselho Universitário, estudantes denunciaram que há um desvio de recursos relativos ao Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Segundo eles, os recursos vem sendo investidos em outras áreas na UFF que não tem ligação com a assistência para a permanência de estudantes na universidade. Os estudantes exigem transparência e abertura das contas. Houve também protesto de estudantes de unidades do interior, que reivindicavam melhores condições de transporte e moradia. O reitor se comprometeu a dar explicações sobre as verbas da assistência estudantil na próxima sessão do CUV.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Não se Esconde - Oposição vence eleição do DCE-UFF e derrota chapa ligada à reitoria


Após duas gestões ligadas à reitoria, a oposição venceu as eleições do DCE-UFF. A Chapa 2 - Não se esconde (RUA, UJC, Vamos à Luta, UJR, Construção, Juntos, MAIS, Comunismo e Liberdade, PSTU e independentes) obteve 4568 votos contra 4366 votos da Chapa 1 - Pra Fazer Acontecer (UJS, PT e Muda Mundo/Engenharias). A vitória da oposição representou o fim de um período de duas gestões no qual o DCE-UFF se distanciou dos sindicatos (ADUFF e SINTUFF) para se tornar correia de transmissão da reitoria, chegando ao ponto de contribuir com votos no Conselho Universitário para a privatização do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), através da EBSERH.
Anos atrás, parcerias entre o DCE, ADUFF e SINTUFF geraram vitórias históricas para os estudantes. O bandejão segue ao valor popular de R$0,70, há mais de duas décadas, graças à greve de 2005, onde o DCE protagonizou esta luta com apoio dos sindicatos. Na época, ainda obtiveram reajuste das bolsas e concurso público que garantiu a sobrevivência do Polo Universitário de Rio das Ostras (PURO). Em 2011, uma vitoriosa ocupação estudantil, novamente com apoio do SINTUFF e ADUFF, avançou em temas importantes como o transporte universitário entre os campi, moradia estudantil e construção de novos bandejões.
A apuração foi emocionante. A Chapa 2 esteve na frente durante toda a contagem de votos. Quando foi contabilizada a última urna, a oposição permaneceu na frente e assegurou a vitória. Os integrantes e apoiadores da Chapa 2, reunidos no Gragoatá, explodiram em festa, momento registrado em vídeo na página do SINTUFF no Facebook:

quinta-feira, 25 de maio de 2017

A base de tiro, porrada e bomba, Alerj aprova aumento da contribuição previdenciária dos servidores estaduais

Mais um dia lamentável na história do Estado do Rio de Janeiro. O governo do PMDB, eleito e sustentado a base de propinas e todo tipo de ilegalidades, aprovou na Assembleia Legislativa (Alerj) o aumento da contribuição previdênciária dos servidores estaduais de 11% para 14%. Enquanto, dentro da Alerj, os 39 deputados covardes cometiam esse abuso contra os servidores estaduais, lá fora a Tropa de Choque reprimia servidores com bombas e porretes para impedir que estes acompanhassem a sessão. A vergonhosa medida foi colocada em pauta pelo atual presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), que segue as ordens de Pezão, a exemplo do que fez na privatização da CEDAE. Com mais essa medida, os servidores e o povo seguem pagando a conta das viagens a Paris, mansões, coberturas de luxo, jóias e sapatos de grife de Sergio Cabral e sua gangue.

Cento e cinquenta mil ocupam Brasília e enfrentam a repressão covarde de Temer

Repressão policial em Brasília
O Brasil é governado por um presidente corrupto, com o suporte de um Congresso Nacional alimentado por propinas. Esse governo corrupto e ilegítimo quer implantar reformas que retiram direitos dos trabalhadores para que a Odebrecht, a JBS, o Bradesco e outras grandes empresas e bancos que dão calote na Previdência Social sigam lucrando valores obscenos às custas do suor da classe trabalhadora.
Mas a resposta popular não tardou. Multidões ocuparam as ruas em março contra a Reforma da Previdência. Uma poderosa Greve Geral parou o país em abril. Grandes manifestações foram realizadas após o escândalo das gravações de Temer e Aécio. E agora, no dia 24 de abril, cerca de 150 mil pessoas ocuparam Brasília para enfrentar Temer e seus asseclas.
Temer reagiu com ações ilegais de revista e forte repressão policial para tentar impedir e dificultar a manifestação de seguir seu curso. Os manifestantes não se intimidaram e enfrentaram corajosamente a barreira imposta pelo governo. Com o avanço da manifestação, Temer e seu ministro Raul Jungmann emitiram um decreto às pressas para reprimir o protesto com as Forças Armadas. A repercussão foi a pior possível. Pela manhã de 25/5, o governo revogou o decreto.
O SINTUFF participou com uma grande coluna da manifestação, encarando as bombas e porretes da PM para defender os direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores, assim como o fim do governo corrupto de Temer.

SINTUFF na manifestação (foto: Zumair Rocha)

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Informe Jurídico sobre Adicional de Plantão Hospitalar

O Departamento jurídico do SINTUFF ingressou com um processo administrativo para requerer a suspensão dos descontos previdenciários incidentes sob a rubrica “Adicional por Plantão Hospitalar – APH” em desfavor dos servidores desta unidade, bem como ao reembolso dos descontos efetuados desde a edição da Lei 11.907/2009.

Diversos servidores vêm procurando esta entidade sindical reclamando do desconto de PSS sob o ADICIONAL DE PLANTÃO HOSPITALAR – APH, o que entendemos indevido.
Isto porque, consoante estabelecido pelo art. 304 da Lei 11.907/09,
“O APH não se incorpora aos vencimentos, à remuneração nem aos proventos da aposentadoria ou pensão e não servirá de base de cálculo de qualquer benefício, adicional ou vantagem”

Desta forma, não resta qualquer motivo para retenção de contribuição previdenciária sob estas parcelas, conforme bem decidido pelo Excelsior no STF no julgamento do AI 710634.

O Processo administrativo encontra-se no DAP. No caso de resposta negativa ou ausência de resposta ingressaremos judicialmente com o pedido.

Departamento Jurídico do SINTUFF

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Multidões ocupam as ruas pelo Fora Temer

A resposta popular frente ao escândalo da gravação da JBS, implicando Temer diretamente em ato de corrupção, foi imediato. EM todo o país, multidões ocuparam as ruas exigindo o fim do governo e em protesto contra as Reformas da Previdência e Trabalhista. Houveram grandes manifestações nas principais capitais e cidades do país, sendo as maiores em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. No Rio de Janeiro, mais de 50 mil pessoas ocuparam a Avenida Rio Branco, caminhando da Candelária à Cinelândia, que ficou completamente tomada. O SINTUFF esteve mais uma vez presente na manifestação. No curso da passeata no Rio, os manifestantes entoavam palavras de ordem como "Ai, ai, ai, ai, empurra o Temer que ele cai" e "Não precisa renunciar, a gente vai te derrubar".
Fotos: Zulmair Rocha
Nesta quinta-feira (18/5), Temer se pronunciou em rede nacional afirmando, em tom agressivo, que não renunciaria. O pronunciamento causou forte indignação popular. Articulistas da grande mídia já davam como certa a renúncia e a posição de Temer ampliou a profunda crise institucional do país. A debandada de ministros entregando seus cargos e o desembarque de partidos da base aliada já está em curso. As reformas da Previdência e Trabalhista foram completamente paralisadas e retiradas da pauta. É preciso seguir ocupando as ruas para derrubar Temer e barrar as reformas.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Empurra o Temer que ele cai! SINTUFF estará nas ruas pela queda de Temer!

A Greve Geral do dia 28 e as jornadas de luta de março empurraram Temer para o abismo. O resultado da pressão popular e a completa impopularidade do governo praticamente impossibilitaram a aprovação da Reforma da Previdência. Esse contexto forçou uma aceleração das investigações da Operação Lava Jato, que culminaram na gravação da conversa de Temer dando o aval para que o dono da JBS comprasse o silêncio de Eduardo Cunha, um escândalo sem precedentes na história da República.
O governo acabou. Os próprios articulistas da grande mídia já reconhecem que este governo está no fim e não conseguirá aprovar as reformas desejadas pelas elites corruptas e corporativas. Mas a luta segue em curso, pois estas mesmas elites buscam outras opções para aplicar os brutais ataques contra os direitos dos trabalhadores e do povo. Segue necessária muita mobilização para barrar essa ofensiva.
A classe trabalhadora, a juventude e os movimentos sociais devem ocupar imediatamente as ruas para derrubar Temer e derrotar as reformas. No Rio de Janeiro, está sendo convocado um ato unitário contra Temer e as reformas, também nesta quinta-feira, da Candelária à Cinelândia. O SINTUFF estará participando ativamente desta manifestação. Iniciativas como esta estão sendo convocadas em todo o país. É preciso intensificar as mobilizações e que as centrais sindicais convoquem imediatamente uma nova Greve Geral. Os trabalhadores e a juventude não podem dar trégua aos corruptos que querem atacar direitos históricos conquistados com muita luta.
A queda de Temer é iminente e abrirá um vácuo de poder. A resolução do 8º Congresso do SINTUFF aponta a necessidade da construção de uma alternativa política e programática que se apresente em contraponto tanto à velha direita do PSDB, PMDB e seus satélites quanto às velhas direções lulistas do PT e PCdoB. É preciso de que organizações e movimentos sociais de luta tais como CSP-Conlutas, Intersindical, ANDES-SN, FASUBRA, MTST, entre outros movimentos e entidades combativas, se reúnam para construir esta alternativa. Fora Temer!

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sintuff contra a LGBTfobia (Dia Mundial de Combate à LGBTfobia)


Em 17 de maio de 1990, a assembleia geral da Organização Mundial de Saúde OMS declarou oficialmente que a homossexualidade não é uma doença ou distúrbio.  Desde então esta data tornou-se simbólica e histórica para o movimento LGBT mundial.
O Brasil é considerado um dos países mais LGBTfóbicos do Mundo. A cada 26 horas morre de forma violeta uma pessoa LGBT, segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia. Assim foi com Dandara dos Santos, 42 anos, espancada e morta a tiros em plena rua de Fortaleza (CE), no dia 15 de fevereiro deste ano. Tal assassinato foi filmado e divulgado nas redes sociais.
O SINTUFF repudia toda violência contra a população LGBT. E convoca para formação do grupo de trabalho LGBT todos os servidores que desejam engrossar as linhas de combate à LGBTfobia.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

SINTUFF enviará ônibus para Marcha do dia 24 contra as reformas da Previdência e Trabalhista

Por deliberação de seu 8º Congresso, o SINTUFF estará enviando ônibus para participação da categoria na Marcha Nacional contra as Reformas da Previdência, Trabalhista e as terceirizações. Servidores interessados em participar, entre em contato com a secretaria do sindicato, pelo e-mail secretaria@sintuff.org.br ou pelos telefones: (21) 2717-9292 / 3604-1800. A caravana sai no dia 23, retorna no dia 24 e chega de volta a Niterói no dia 25.


Reitor publica Portaria para impor gestão da EBSERH a servidores do HUAP. SINTUFF considera medida irregular


A Portaria 58.675, de 5 de maio, publicada pela reitoria da UFF, impõe que os servidores do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) sejam submetidos à gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Novamente, a reitoria assume uma decisão sem qualquer consulta e à revelia dos servidores do HUAP. A Portaria tenta criar uma brecha para que a EBSERH controle escalas, férias, liberações, horários e avaliações dos servidores.
O SINTUFF entende que essa Portaria é irregular, pois existe entendimento jurídico de que esse tipo de medida não pode ser adotada sem expresso consentimento individual de cada servidor, que é funcionário da universidade, não podendo ser cedido de forma impositiva a uma empresa de direito privado. O Departamento Jurídico do sindicato incidirá sobre a questão.
A EBSERH na UFF fracassou. Não houve nenhuma das melhorias prometidas. As condições de trabalho e funcionamento do hospital pioraram. Essa Portaria é uma tentativa de colocar os servidores para pagar a conta de uma medida equivocada e autoritária da reitoria que foi a aprovação da EBSERH. A reitoria deveria, em vez de tentar impor a gestão privada a servidores públicos, estar encaminhando a revogação da EBSERH, tendo em vista o agravante de que o contrato assinado vem sendo sistematicamente descumprido pela empresa.
A Delegacia de Base do HUAP e o SINTUFF estão convocando uma Assembleia dos Trabalhadores do HUAP para o próximo dia 17/5 (quarta-feira), 14 horas, no Refeitório. Os pontos de pauta são: 1 - Portaria da EBSERH; 2 - Posse da Direção de Enfermagem; 3 - Pauta Interna.
O 8º CONSINTUFF aprovou uma Moção de Repúdio à Portaria:

MOÇÃO DE REPÚDIO

Repudiamos a Portaria 58,765, de 5 de maio, quem mantém sob gestão da EBSERH os servidores técnico-administrativos do HUAP. Ou seja, suas escalas, férias, liberações, horários e avaliações funcionais ficarão subordinadas a uma empresa privada. É um ataque aos servidores RJU e a todo o hospital. Somos servidores da UFF e queremos que o HUAP volta a ser gerido pela universidade, prestando atendimento digno e de qualidade a toda a população. Queremos a revogação imediata do contrato com a empresa. Queremos continuar sendo geridos pela UFF, que nossas escalas, faltas, horários, férias, avaliações funcionais, etc., sejam iguais a de todos os servidores da UFF. Que o HUAP volte a ser da UFF! Fora EBSERH! Basta de Ataques.

Base de Temer diverge sobre data de aprovação de Reforma da Previdência. Centrais e sindicatos convocam marcha a Brasília para 24 de maio.

Na terça-feira (9/5) a Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/2016) rejeitou nove de dez destaques que faltavam para que a matéria pudesse ir a Plenário. As votações se efetuaram com o recinto escoltado por forte esquema de segurança. O plenário estava vazio porque somente foi permitida a entrada a pessoas credenciadas. Os destaques orientados na redução dos danos ao trabalhador foram rejeitados. No entanto, na base governista não tem consenso sobre quando a proposta será apreciada. Várias propostas estão sendo discutidas, entre as quais se consideram a próxima semana, fim de maio, junho e até foi divulgado que não há previsão.
A proposta será votada em dois turnos e seguirá para o Senado. Na Câmara deverá obter, no mínimo, 308 votos favoráveis. O governo ainda não teria esses votos para aprovar o texto. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), reconheceu a existência de um racha entre os parlamenteares que apoiam Michel Temer.
Não obstante, o governo tentará acelerar a tramitação para colocar a PEC em pauta no Plenário na semana de 22 a 26 de maio. Centrais e sindicatos estão convocando uma grande marcha a Brasília contra a aprovação das reformas da Previdência, Trabalhista e as terceirização no dia 24/5. O VIII Congresso do SINTUFF aprovou paralisação e participação na marcha nesse dia.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

8º CONSINTUFF aprova resolução pela Greve Geral de 48 horas, paralisação dia 24/5 e proporcionalidade nas eleições do sindicato

Fotos: Zulmair Rocha.

O terceiro dia do 8º CONSINTUFF foi de decisões relevantes para a categoria e o sindicato. Pela manhã foi realizada a Plenária Estatuinte, referendada pela Assembleia Estatuinte. As mudanças mais importantes foram a adoção da proporcionalidade entre as chapas nas eleições do SINTUFF e a redução do número de coordenadores do sindicato, a partir da próxima eleição.
A tarde, foram votadas as resoluções políticas. A resolução sobre conjuntura nacional aprovada apontou pontos importantes com a batalha por uma Greve Geral de 48 horas e fortalecer a construção de um terceiro campo político no país em alternativa aos grandes partidos da ordem tais como PMDB, PT e PSDB e às velhas burocracias sindicais da CUT, CTB e Força Sindical. A resolução foi defendida por quatro das cinco teses participantes do Congresso, expressando uma ampla unidade e pluraridade na sua construção.
O 8º CONSINTUFF aprovou a participação do sindicato, com paralisação, na Marcha Nacional a Brasília contra as reformas de Temer, no dia 24, com envio de vários ônibus. Outra decisão importante foi a abertura de um debate sobre filiação a uma central sindical de âmbito nacional e a participação do sindicato como observador nos fóruns da CSP-Conlutas, tendo em vista que esta vem sendo a central sindical com a qual as resoluções políticas do SINTUFF tem encontrado maior afinidade. Diversas resoluções sobre temas como o combate ao assédio moral, a defesa do HUAP, a luta contra a EBSERH e a luta em defesa das condições de trabalho foram aprovadas de forma consensual.

Confira na íntegra a resolução de conjuntura nacional aprovada:

Batalhar por uma greve geral de 48 horas e construir uma alternativa de esquerda

1- A classe trabalhadora nos deu uma imensa demonstração de força ao paralisar o país no dia 28/04, retomando a utilização da Greve Geral como método de luta contra o governo, os patrões e suas instituições capitalistas. O ilegítimo governo de Michel Temer, que impõe uma agenda neoliberal das classes dominantes sobre os segmentos oprimidos e explorados, foi rejeitado nas ruas e nos piquetes de norte a sul do país, numa das maiores greves da história do movimento operário brasileiro. Rejeitamos a reforma da previdência, trabalhista, a terceirização, num contexto de arrocho salarial, milhões de desempregados e péssimas condições de trabalho. Visivelmente há disposição de luta para garantir uma vitória dos trabalhadores. É preciso enfrentar também o avanço de medidas conservadoras que ameaçam a vida das mulheres, negros e LGBTs, impondo uma agenda fundamentalista de retrocessos.
Por isso é necessário continuar a mobilização até derrotar as contrarreformas e derrubar o governo Temer e os corruptos do congresso nacional.  Impõe-se a batalha pela construção de uma nova greve geral de 48h imediatamente, na base das categorias. Avaliamos como positivas as propostas de realização de uma nova greve geral feitas pelo FONASEFE e FASUBRA. A unidade na luta da classe trabalhadora, da juventude e setores populares é fundamental para essa tarefa. Proposta que levaremos nas reuniões das Centrais, MUSPE, Fórum de Lutas e outros espaços. No plano imediato, o SINTUFF constrói o “ocupa Brasília”, chamado pelas Centrais, colaborando com uma gigantesca caravana no dia 24/05.

2-A crise política aberta a partir das delações premiadas de executivos das grandes empresas demonstraram as relações parasitárias entre o empresariado e os grandes partidos da ordem. Mostraram que as trocas de favores, financiamento de campanha e a pauta do congresso estiveram intimamente ligadas, deixando claro o conflito entre os interesses da população e aqueles exigidos pelos empreiteiros e defendidos pelos seus parlamentares. As delações da Odebrecht, são mais uma confirmação, que os três maiores partidos da nação (PMDB, PT e PSDB) estão comprometidos com os mecanismos corruptos de administração dessa democracia burguesa no Brasil.

3- Há uma gigantesca disposição de luta e uma forte crise no governo e parlamento, mesmo assim, Temer consegue aprovar medidas como a terceirização e reforma trabalhista na câmara. Isso está diretamente vinculado à necessidade de superarmos as velhas burocracias sindicais hegemônicas no movimento de trabalhadores Brasileiros, que se expressa por exemplo, no apassivamento das maiores centrais sindicais. De um lado a Forca sindical, do corrupto Paulinho, da base aliada de Temer, buscando barganhar o imposto sindical. Do outro a CUT e CTB, do campo do PT e PCdoB, que priorizam  salvar Lula e levar a indignação para a campanha eleitoral de 2018, em detrimento da luta contra a aprovação da Lei de terceirizações irrestrita e a reforma trabalhista, aprovada enquanto esses setores vacilaram na convocação de uma greve geral no país.  Foi preciso uma forte pressão da base, contra as burocracias sindicais para forçar a contrução unitária da greve geral do dia 28. E após o dia 28 de abril, não há nenhuma previsão de nova greve. Foi convocada apenas uma marcha nacional para o final do mês, o que é insuficiente pois o governo e congresso avançam com as votações da reforma da previdência.

4- Além da estratégia de continuidade da luta como uma eixo permanente, devemos reafirmar nosso compromisso com a construção de uma verdadeira alternativa de esquerda. Um terceiro campo para disputar uma saída política independente, combatendo Temer, o PMDB, PSDB, sem confiar na burocracia sindical e na política de conciliação de classes de Lula, do PT e PCdoB, nem deixar o espaço para outras saídas conservadoras como Bolsonaro, o PSDB de Doria, figuras da Globo como Luciano Huck ou mesmo depositar confiança em figuras como o juiz Sergio Moro. Devemos confiar apenas em nossas próprias forças e nossa mobilização. Por isso precisamos construir uma unidade da classe trabalhadora, reunindo movimentos sociais, partidos e organizações, comprometidas com as bandeiras classistas e a independência de classe. Assim, precisamos construir uma alternativa de esquerda e combativa. Um terceiro campo com base num programa radical que inclua a anulação de todas as contrarreformas que foram aprovadas, medidas contra o arrocho salarial e o desemprego, bem como a efetivação da suspensão do pagamento da dívida e punição de todos os corruptos e corruptores com o confisco dos bens, dentre outras medidas.

5 – Seguiremos apoiando a mais ampla unidade de todos os que queiram lutar, na construção de calendários, comitês e fóruns unitários, conforme fizemos nas jornadas de março na greve geral e no piquete das barcas. Ao mesmo tempo colocaremos nossas energias para a atuação unitária do sindicalismo classista e a construção dessa alternativa, reafirmando nossa independência de classe.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Defesa das Teses e Grupos de Discussão marcam o segundo dia do 8º CONSINTUFF

O segundo dia do 8º CONSINTUFF reuniu Grupos de Discussão sobre diversos temas. Pela manhã, os participantes abordaram Assédio Moral, Segurança no Trabalho (Insalubridade e Periculosidade), Combate às Opressões, Terceira Idade, HUAP e Comunicação.
No começo da tarde, as cinco teses inscritas se apresentaram, na seguinte ordem: Unidos pra Lutar (Sandra Guizan e Izabel Firmino), Fora Temer! Fora Todos Eles! (Raoni Lucena e Luciano Pita), Democracia e Mobilização (Bernarda Thailana), Em Defesa da Democracia (Eduardo Henrique e Eliane Slama) e O SINTUFF em Nossas Mãos (Douglas Azeredo, Mariana Resende, Lucas de Mello Braga).
Após a defesa das teses, começaram os Grupos de Discussão sobre Conjuntura, Movimento sindical, UFF e Estatuto do SINTUFF. Nestas sexta-feira (12/5) ocorrem as plenárias finais, para Reforma Estatutária e aprovação de resoluções políticas.

Fotos: Zulmair Rocha

Tese Unidos pra Lutar (Sandra Guizan e Izabel Firmino)

Tese Fora Temer! Fora Todos (Raoni Lucena e Luciano Pita)

Tese Democracia e Mobilização (Bernarda Thailana)

Em Defesa da Democracia (Eduardo Henrique e Eliane Slama)

O SINTUFF em Nossas Mãos (Douglas Azeredo, Mariana Resende, Lucas de Mello Braga).

Edital de convocação de Assembléia Geral para alteração estatutária do SINTUFF

O SINTUFF - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, em conformidade com o artigo 21º, inciso VII do estatuto, combinado com o inciso VI do artigo 14º de seu estatuto respectivamente, convoca todos os seus filiados para participarem da ASSEMBLEIA GERAL PARA ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA, a realizar-se no dia 12(doze) de maio de 2017 (dois mil e dezessete), às 9h (nove) horas em primeira convocação e as 9:30 (nove e trinta) horas em segunda e última convocação, nas dependências da UFF –Universidade Federal Fluminense, campus do Gragoatá, Bloco E, Sala 405, situado na Rua Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n - São Domingos, Niterói – RJ.

Niterói, 09 de maio de 2017

Coordenação Executiva

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Construção da unidade e nova Greve Geral pautam a abertura do 8º Congresso do SINTUFF

O primeiro dia do 8º Congresso do SINTUFF (8º CONSINTUFF) reuniu mais de 120 delegados credenciados e dezenas de observadores e convidados. A abertura contou com as saudações de Gibran Jordão (FASUBRA), Bárbara Sinedino (Combate), Gualberto Tinoco "Pitéu (CSP-Conlutas), vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL), Davi Junior (Unidos pra Lutar), Gustavo Gomes (ADUFF), Márcia Carvalho (CTB), Danielle Bornia (PSTU) e Caio Sepulveda (Juventude Vamos à Luta).
Pela manhã, o Painel de Conjuntura "Diante da crise, qual é a saída?" contou com as presenças do deputado estadual Flavio Serafini, de Bárbara Sinedino (coordenadora geral do SEPE-RJ) e Suzete Chaffin (Unidos pra Lutar).
Pela tarde, os delegados debateram, votaram e aprovaram o regimento do 8º CONSINTUFF. Após a aprovação, foi realizado o Painel "Desmontes do serviço público e a luta do funcionalismo nacional", com os debatedores Eblin Farage (Presidente do ANDES-SN) Gibran Jordão (Coordandor Geral da FASUBRA), Leia de Oliveira (Coordenação Geral da FASUBRA) e Gerson Lima (Executiva da CONDSEF).
As principais pautas apresentadas pelos debatedores e participantes foram a construção da unidade para derrotar o governo Temer e as reformas e a necessidade da convocação de uma nova Greve Geral, de 48 horas, pelas centrais sindicais.




Fotos: Zulmair Rocha

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Programação do 8º CONSINTUFF

Local: Escola de Serviço Social - Bloco E - Campus Gragoatá

10/5 (Quarta-feira)
9h - Abertura do Congresso.
9h - Abertura do Credenciamento.
10h - Painel de Conjuntura: Diante da Crise. Qual a Saída?".
13h - Almoço.
14h30 - Votação do Regimento.
15h - Painel: "Desmontes dos Serviço Público e a Luta do Funcionalismo Nacional".

11/5 (Quinta-feira)
9h - Grupos Temáticos com convidados.
Temas: Assédio Moral, Segurança no Trabalho (Insalubridade e Periculosidade), Mulheres, Terceira Idade, HUAP.
 11h - Defesa de Teses.
14h30 – Grupos de Discussão.
Temas: Conjuntura, Movimento sindical, UFF, Estatuto do SINTUFF.

12/5 (Sexta-feira)
Plenárias Finais.
9h - Reforma Estatutária.
12h - Almoço.
14h - Resoluções.
a) Consensuais.
b) Conjuntura, Movimento Sindical, UFF, entre outras.


terça-feira, 2 de maio de 2017

Greve Geral parou as Barcas durante cinco horas

Ativistas fecharam as Barcas desde a madrugada (Fotos: Zulmair Rocha)
A paralisação das Barcas foi o grande acontecimento da Greve Geral em Niterói. Das 4h30 às 10 da manhã, centenas de ativistas dos sindicatos, movimentos sociais e movimento estudantil formaram um poderosa barreira humana para impedir o funcionamento da estação e consequentemente paralisar a saída das embarcações.
O SINTUFF teve papel destacado, com mulheres e homens participando ativamente do cordão humano. Com a UFF completamente paralisada, os ativistas do sindicato se deslocaram para fortalecer atividade nas Barcas.
A ampla maioria dos trabalhadores aproveitou a oportunidade para retornar às suas casas, fortalecendo a greve. Alguns poucos elementos isolados tentaram romper o cordão com agressões, sendo imediatamente impedidos pela barreira humana. Um ínfimo grupo de contrários tentava puxar gritos de "abre, abre" sem sucesso, logo sufocados pelos fortes gritos de "Greve Geral". As tentativas de inflamar a população contra a manifestação fracassaram completamente, não recebendo nenhum apoio dos trabalhadores que observavam o ato.
Paralelamente, manifestantes da ADUFF e CSP-Conlutas paralisaram vias de acesso à Ponte Rio-Niterói durante algumas horas. Após encerrado o bloqueio, estes ativistas se somaram ao bloqueio nas Barcas.
Às dez da manha, quando já havia passado o momento de maior circulação nas Barcas, mesmo com um total esvaziamento de potenciais passageiros, a Tropa de Choque atacou os manifestantes com bombas, furando o bloqueio. Mas já era tarde. A essa hora, milhares de trabalhadores já haviam retornado aos seus lares. A violência policial aterrorizou os lojistas, que fecharam suas portas por mais de uma hora. O principal shopping da cidade também ficou fechado durante e após o ataque da PM contra os manifestantes.

SINTUFF participou ativamente do bloqueio

Tropa de Choque da PM atacou manifestantes quando a praça já
estava esvaziada de potenciais passageiros


Ato de 1º de maio lota Cinelândia contra as reformas e a repressão policial

Ato de 1º de Maio na Cinelândia (foto: Samuel Tosta)
A classe trabalhadora não tardou em responder à brutal repressão da PM cometida contra os manifestantes da Greve Geral, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (28/4). O ato do Dia do Trabalhador, convocado na véspera pelas centrais sindicais e movimentos sociais, encheu a Cinelândia em protesto contra as reformas e a repressão policial.
Pedro Rosa, representando o SINTUFF, falou durante o ato: "Se eles nos reprimem, a gente volta para rua com mais força. Esse é o recado de que a nossa luta não vai parar. Cada sindicato aqui tem que reunir suas bases para dar o passo seguinte. É preciso uma greve de 48 horas. Construir uma nova greve é obrigação da CUT, da CTB, mas também de cada sindicato aqui presente. Nós somos do SINTUFF e investimos todos os nossos esforços na Greve Geral do dia 28".

Repressão no Rio foi para impedir o direito de livre manifestação
Na sexta, 28/4, milhares de manifestantes caminhavam em clima de tranquilidade pela Rua Primeiro de Março, enquanto outra multidão se concentrava na Cinelândia. Em ambos os casos, a Tropa de Choque da Polícia Militar atacou os manifestantes quando não havia qualquer atitude radicalizada ou ato de depredação. A ação da Tropa de Choque foi única e exclusivamente para impedir a realização e unificação dos atos.
A grande mídia tentou todo tempo confundir a população dando foco em atos isolados e minoritários de depredação, assim como em incêndios de ônibus de origem desconhecida, todos estes ocorridos após a repressão covarde da PM. As manifestações com milhares de pessoas, brutalmente reprimidas sem qualquer justificativa, foram colocadas em segundo plano pelos grandes veículos. A divulgação paralela pelos movimentos sociais e mídias digitais alternativas conseguiu furar o bloqueio da grande mídia, mostrar a força da Greve Geral e comprovar a violência policial.
Em Goiânia, um jovem manifestante, que não havia cometido qualquer ato de violência e tentava se proteger das bombas, foi covardemente espancado na cabeça por um  policial e se encontra internado entre a vida e a morte. O fato foi amplamente noticiado, com vídeos mostrando a agressão.

Repúdio à agressão contra o médico Rodrigo Dias
Aina que tenha sido um fato isolado, um lamentável episódio ocorreu durante o ato. O companheiro Rodrigo Dias, médico da UFF, que sempre esteve presente em manifestações e greves da categoria e dos movimentos sociais, em prol de pautas da classe trabalhadora, foi agredido e expulso do ato por carregar uma bandeira da Monarquia. Registramos que não concordamos com a opção política e ideológica de Rodrigo de defesa da Monarquia, que consideramos descontextualizada ao ato e oposta aos interesses de nossa classe. Contudo, jamais vamos compactuar com o método de agressão e linchamento, executado com covardia por vários ativistas com camisas da CUT e do PT. A brutal agressão a Rodrigo teve de ser contida por militantes do SINTUFF e do MTST, no interesse de preservar a integridade física de Rodrigo e a continuidade da manifestação. Esse método truculento e covarde não agrega nada às nossas lutas e contribui para restringir e afastar a população do nosso movimento. Esperamos que situações como esta não se repitam em manifestações unitárias futuras.

A maior Greve Geral da história sacudiu o país

Foto: Zulmair Rocha
A Greve Geral do dia de 28 de abril foi a maior da história do país. Cerca de 40 milhões de trabalhadores pararam em protesto contra as reformas da previdência, trabalhista e as terceirizações. Jamais na história do país houve uma greve com tamanha amplitude nacional. Centenas de categorias cruzaram os braços nos 26 estados e no Distrito Federal, dispostas a barrar os ataques de Temer.
Em São Paulo, linhas do metrô, ônibus e trens não circularam, estradas foram bloqueadas e avenidas trancadas. No Rio de Janeiro, os ônibus ficaram vazios. As barcas e a Ponte Rio-Niterói foram paralisadas no momento de maior movimento. Bancos, serviços públicos e universidades não abriram. O SINTUFF teve participação ativa e decisiva no protesto que impediu o funcionamento das Barcas entre 5h30 e 10 da manhã.
Atos massivos se espalharam pelas principais cidades brasileiras em todas as regiões do país. Multidões tomaram ruas e praças em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Belém, Curitiba, Aracaju, Fortaleza, Santos, Juiz de Fora, Feira de Santana, Petrolina, Vitória da Conquista, Santarém e dezenas de outras capitais e importantes cidades. No Rio houve brutal repressão para impedir os manifestantes de se concentrarem na Cinelândia, para onde milhares de pessoas se dirigiam.

A UFF parou 100%
A greve na UFF teve 100% de adesão. Todos os campi da universidade permaneceram fechados ao longo do dia, sem comparecimento de servidores, docentes ou estudantes. O Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) ficou praticamente todo paralisado, completamente esvaziado, sendo mantidos apenas os serviços essenciais, com contingente mínimo de trabalhadores. Resultado de uma forte mobilização do SINTUFF e da ADUFF, com visita aos setores, cartazes, panfletos, faixas, outdoors e anúncios nas redes sociais.

Greve Geral foi o assunto da semana
A contraofensiva do governo e da grande mídia contra a greve foi tentar carimbar a Greve Geral como um movimento restrito ao PT, supostamente arquitetado para fortalecer a candidatura de Lula e de defesa do imposto sindical. As ruas e a opinião pública desmentiram categoricamente esta tese.
A Greve teve como pautas bem definidas a luta contra as reformas da previdência, trabalhista e as terceirizações. Isso foi amplamente massificado e gerou um forte apoio popular. Nas enquetes promovidas por Veja, Uol e O Globo, a grande maioria dos internautas declarou apoio à Greve Geral. Estudo da Fundação Getúlio Vargas também detectou um apoio massivo e esmagadoramente majoritário à Greve nas redes sociais. O próprio monitoramento do governo detectou um forte processo de adesão ao movimento grevista. A grande mídia foi obrigada a cobrir durante todo o dia 28, em tempo real, os atos da Greve Geral, que foi o assunto hegemônico das redes sociais durante toda a semana. O movimento grevista de 28 de abril definitivamente não teve como centro as eleições de 2018 ou a defesa do imposto sindical, ainda que algumas direções se movimentem sem sucesso por esses temas.
Sobre a questão do imposto sindical, o SINTUFF tem posição radicalmente contrária a essa cobrança, a exemplo de inúmeros outros sindicatos que construíram a Greve Geral. A posição de defesa do imposto é capitaneada justamente pelas centrais ligadas ao governo Temer, como a Força Sindical, liderada pelo deputado Paulinho da Força, que é da base governista. Essas centrais inclusive tentam permanentemente negociar com o governo a permanência do imposto sindical em troca de enfraquecer a luta contra as reformas.

Popularidade de Temer derrete e cresce a rejeição às reformas
Durante a semana da Greve Geral, pesquisas de opinião detectaram um completo derretimento da popularidade do governo e um amplo rechaço às reformas de Temer. Uma das pesquisas (Consultoria Ipsos) detectou que a popularidade de Temer caiu para 4% e que 92% veem país no rumo errado.
Pesquisa do Datafolha após a Greve Geral aponta que 71% dos brasileiros é contra a Reforma Previdência. A rejeição é ainda maior entre as mulheres, os jovens de 25 a 34 anos e os que ganham entre 2 e 5 salários mínimos. Entre os servidores públicos, a Reforma da Previdência é rejeitada por 83%. Estes números e a força da Greve reforçam a total ilegitimidade do governo Temer, dos deputados e senadores em implantar as reformas.
O momento é de dar continuidade a esta luta. As centrais cogitam uma Greve Geral de 48 horas e uma marcha nacional à Brasília. O SINTUFF entende que é necessário debater o tema de novos atos e de uma nova Greve Geral imediatamente com as bases das categorias de trabalhadores.