quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Senado e Câmara discutem Projetos que retiram direitos dos trabalhadores

O Senado Federal deve votar, nesta semana, três projetos que apontam a retirada de direitos dos trabalhadores como parte do ajuste fiscal. São eles: o Projeto de Lei do Senado (PLS) 389/15, que proíbe governantes de deixarem aumento de despesas com pessoal para após os seus mandatos; o PLS 204/16, que permite à administração pública vender para o setor privado os direitos sobre créditos de qualquer natureza; e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/16, que prorroga até 2023 a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e cria mecanismo semelhante para estados, Distrito Federal e municípios.

O texto deste último permite ao governo realocar livremente 30% das receitas obtidas com taxas, contribuições sociais e de intervenção sobre o domínio econômico (Cide), que hoje são destinadas, por determinação constitucional ou legal, a órgãos, fundos e despesas específicos.
Os recursos serão retirados em grande parte das áreas sociais, como saúde e educação e serão utilizados para pagar os juros e amortização da dívida pública. Desta forma, a DRU prevê a desvinculação de 30% dos recursos, antes era limitada a 20%, é prorrogada por oito anos e estendida aos estados e municípios.
Depois de votada em primeiro turno, serão necessárias mais três etapas de discussão para que a PEC passe pela votação em segundo turno. Se aprovada, a proposta será promulgada pelo Congresso.

Ataques seguem em pauta também na Câmara


Na Câmara dos Deputados a prioridade da pauta deve ser a votação dos destaques do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016 e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), além da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016.
A PEC 241, vai congelar por 20 anos todo o custo com saúde, medicamentos e tratamentos, educação e material escolar, transporte público, moradia, segurança, saneamento, portos, aeroportos, estradas, pesquisas científicas e tudo que seja serviço ou investimento público. A partir do momento que a PEC 241 diz que estados e municípios só poderão gastar o que gastaram no ano anterior, corrigida a inflação, isso significa congelamento porque inflação é reposição.
O PLP 257 e a PEC 241 se complementam, algumas questões foram retiradas do PLP 257 porque a PEC 241 as trata com mais eficiência e se for aprovada fará parte da Constituição Federal. Existe um conjunto de ataques aos direitos elementares dos trabalhadores do serviço público, do conjunto da população, inclusive da iniciativa privada, porque estão reduzindo o alcance do Estado.
Há que impedir que os projetos contra os trabalhadores sejam aprovados. 
Participe da assembleia da categoria no dia 5/9 às 14h nos Pilotes do bloco A no Gragoatá.

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