O Conselho Universitário (CUV) do
dia 31/8 foi marcado, mais uma vez, pela ausência do reitor Sidney Melo e pelo
autoritarismo do Presidente da mesa Heitor de Moura na condução do CUV. Mas,
também pela expressiva participação dos técnicos-administrativos.
O ponto principal de debate foi a
questão da regulamentação das 30 horas. Inicialmente o conselheiro Luiz Carlos
chamou a atenção para as poucas vagas disponibilizadas para os campi do
interior no próximo concurso da UFF, visto que, caso a proposta de
flexibilização da jornada de trabalho da reitoria seja implementada, não haverá
servidores suficientes para atender a demanda do interior.
O conselheiro Pedro Rosa destacou a
consequente negativa da reitoria em debater a proposta apresentada pelo
sindicato acerca da formalização da jornada de trabalho para toda a categoria. O
conselheiro informou que não houve avanços na última reunião acontecida na
semana passada com o pró-reitor Túlio, mostrando a intransigência da
instituição e a falta de vontade política do reitor em resolver a situação. A conselheira Lígia Antunes exigiu que a
jornada de trabalho dos servidores do HUAP seja resolvida na PROGEPE e a
questão seja tratada no CUV. Denunciou também que a eleição democrática para
direção de enfermagem foi burlada após a entrada da EBSERH, impondo uma diretora
que contraditoriamente foi nomeada pela UFF, questão também frisada pela conselheira
Márcia.
Toda a bancada dos conselheiros
representantes dos servidores, os conselheiros Camila Aguiar, Márcia Carvalho, Luciano Pita, Pedro Rosa, Ligia Antunes e Luiz Carlos apresentaram a proposta de criar uma comissão paritária
para analisar as duas propostas, da reitoria e do SINTUFF, para a
regulamentação das 30 horas. Visto que a comissão existente foi criada pela reitoria
de forma não paritária e sem ser votada pelo CUV. O presidente da mesa inicialmente
se recusou a votar a proposta. O
desrespeito ao funcionamento democrático do CUV provocou indignação e protestos
dos presentes, o que forçou a encaminhar a contagem de quórum. Após a
confirmação de quórum suficiente para a votação, o presidente suspendeu o
conselho por cinco minutos para colocar a proposta em votação. Desta forma a
reitoria apostava no tumulto e esvaziamento do conselho.
Passado o intervalo, o presidente
da mesa voltou atrás e resolveu suspender a votação da proposta, passando por
cima do regimento do CUV. Assim, alguns conselheiros decidiram se retirar
esvaziando propositalmente o conselho.
Esta atitude autoritária ocasionou
forte indignação, um desrespeito aos conselheiros e a democracia do conselho. Foi
evidente a debilidade da reitoria que não quis encaminhar a proposta com temor
a que uma proposta essencialmente democrática fosse aprovada. Apesar da manobra
imposta, a reitoria saiu envergonhada e a categoria saiu fortalecida, pois se
evidenciou que a reitoria não tem argumentos legítimos para rebater a proposta do
SINTUFF. No final, os servidores presentes realizaram uma plenária onde
reafirmaram a importância da unidade da categoria e da ampliação da campanha
pelas 30 horas para toda a universidade, no intuito de continuar a batalha e aprofundar
a mobilização. Neste sentido, o SINTUFF convocou para assembleia a realizar-se dia 5/9, onde se discutirá e encaminhará a continuidade da luta pelas 30 horas para toda a universidade
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