quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Reitoria rasga regimento do CUV para impedir votação de proposta democrática


O Conselho Universitário (CUV) do dia 31/8 foi marcado, mais uma vez, pela ausência do reitor Sidney Melo e pelo autoritarismo do Presidente da mesa Heitor de Moura na condução do CUV. Mas, também pela expressiva participação dos técnicos-administrativos.
O ponto principal de debate foi a questão da regulamentação das 30 horas. Inicialmente o conselheiro Luiz Carlos chamou a atenção para as poucas vagas disponibilizadas para os campi do interior no próximo concurso da UFF, visto que, caso a proposta de flexibilização da jornada de trabalho da reitoria seja implementada, não haverá servidores suficientes para atender a demanda do interior.
O conselheiro Pedro Rosa destacou a consequente negativa da reitoria em debater a proposta apresentada pelo sindicato acerca da formalização da jornada de trabalho para toda a categoria. O conselheiro informou que não houve avanços na última reunião acontecida na semana passada com o pró-reitor Túlio, mostrando a intransigência da instituição e a falta de vontade política do reitor em resolver a situação.  A conselheira Lígia Antunes exigiu que a jornada de trabalho dos servidores do HUAP seja resolvida na PROGEPE e a questão seja tratada no CUV. Denunciou também que a eleição democrática para direção de enfermagem foi burlada após a entrada da EBSERH, impondo uma diretora que contraditoriamente foi nomeada pela UFF, questão também frisada pela conselheira Márcia.
Toda a bancada dos conselheiros representantes dos servidores, os conselheiros Camila Aguiar, Márcia Carvalho, Luciano Pita, Pedro Rosa, Ligia Antunes e Luiz Carlos apresentaram a proposta de criar uma comissão paritária para analisar as duas propostas, da reitoria e do SINTUFF, para a regulamentação das 30 horas. Visto que a comissão existente foi criada pela reitoria de forma não paritária e sem ser votada pelo CUV. O presidente da mesa inicialmente se recusou a votar a proposta. O desrespeito ao funcionamento democrático do CUV provocou indignação e protestos dos presentes, o que forçou a encaminhar a contagem de quórum. Após a confirmação de quórum suficiente para a votação, o presidente suspendeu o conselho por cinco minutos para colocar a proposta em votação. Desta forma a reitoria apostava no tumulto e esvaziamento do conselho.
Passado o intervalo, o presidente da mesa voltou atrás e resolveu suspender a votação da proposta, passando por cima do regimento do CUV. Assim, alguns conselheiros decidiram se retirar esvaziando propositalmente o conselho.
Esta atitude autoritária ocasionou forte indignação, um desrespeito aos conselheiros e a democracia do conselho. Foi evidente a debilidade da reitoria que não quis encaminhar a proposta com temor a que uma proposta essencialmente democrática fosse aprovada. Apesar da manobra imposta, a reitoria saiu envergonhada e a categoria saiu fortalecida, pois se evidenciou que a reitoria não tem argumentos legítimos para rebater a proposta do SINTUFF. No final, os servidores presentes realizaram uma plenária onde reafirmaram a importância da unidade da categoria e da ampliação da campanha pelas 30 horas para toda a universidade, no intuito de continuar a batalha e aprofundar a mobilização. Neste sentido, o SINTUFF convocou para assembleia a realizar-se dia 5/9, onde se discutirá e encaminhará a continuidade da luta pelas 30 horas para toda a universidade








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