quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Servidores lotam CUV em dia de paralisação

Foto: Zulmair Rocha

No dia da paralisação nacional da categoria, servidores, docentes e estudantes lotaram o Conselho universitário. Mais uma vez o reitor Sydnei Melo não compareceu. A coordenadora Lígia Martins do SINTUFF, colocou a necessidade de que o CUV discuta a crise não só do HUAP, mas de toda a universidade, relatando como situações de falta de material e de precariedade estrutural estão impedindo o funcionamento da  instituição, e que os servidores estão expostos a péssimas condições de trabalho. Denunciou a pretensão da reitoira de questionar a jornada de 30 horas. Reafirmou que a saída para crise do HUAP não é a adesão a EBSERH e que a reitoria continuam negando-se a fazer o debate abertamente. Também denunciou a atitude autoritária do Diretor Tarcíso Rivello de publicar que nenhum paciente suspeito com a doença Guillam- Barre poderá ser atendido sem sua autorização previa. Destacando que ganhou repercussão internacional que o HUAP, conta com um médico especialista nesta doença rara. 
O coordenador Pedro Rosa apresentou a proposta de que a UFF realizasse audiências públicas para debater a EBSERH com as diferentes posições, e não só com a presença do presidente da empresa, como o debate já promovido pela reitoria. Apesar da proposta ter um caráter meramente democrático, ainda assim os representantes da reitoria se manifestaram contrários. No entanto no início do CUV  existia quórum visível, no momento da votação vários conselheiros se retiraram. Desta foram a reitoria novamente se valeu de manobras para impedir que a comunidade universitária tivesse acesso ao debate democrático do significado da EBSERH na UFF. Demostrando assim, que a reitoria teme ao debate porque não tem argumentos que convençam que uma empresa privada que visa o lucro,  pode gestionar favoravelmente um hospital universitário que dever pregar pelo cuidado e avanço da saúde pública.

Debate sobre EBSERH reafirma prejuízos no Hospital Universitário de Paraná

Foto: Zulmair Rocha

Dando continuidade a campanha contra a entrada  da EBSERH no HUAP,o SINTUFF, junto a ADUFF e aos estudantes de oposição da esquerda da UFF, organizaram um debate aberto sobre EBSERH no Campus Gragoatá. Na ocasião foram convidados os companheiros José Carlos de Assis do SINDITEST-PR e Darlei Rugeri Wollmann do Sindicato dos Médicos PR.
Compuseram também a mesa Gustavo Gomes, representante da ADUFF, Lucas Marcelino, Diretor da Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina e Pedro Rosa, Coordenador do SINTUFF.
Contrariamente à propaganda divulgada pelo reitor Sydnei, em relação a suposta melhoria do Hospital Universitário da Universidade Federal de Paraná, os convidados relataram situações que demostram a decadência e retrocesso do hospital após a entrada da EBSERH. 
José Carlos relatou que além de ter ingresso digitalizado, os servidores são orientados a não passar mais de 13 minutos por atendimento e que e os trabalhadores sofrem forte assedio moral.
Darlei, médico e professor, relatou exemplos alarmantes, a EBSERH compra material de estrema necessidade, como eletrodos, baratos e de péssima qualidade colocando em risco a vida de pacientes. Também piorou notavelmente a atividade de pesquisa, e afirmou que o hospital escola de fato está extinguido.
Outras intervenções acrescentaram dados sobre os prejuízos da EBSERH para a pesquisa,e a comunidade. Estiveram presentes colaborando com o debate a Professora Claudia March (ANDES), o Professor Wladimir do HUAP, o Professor Romildo Bomfim da UFRJ, 
Uma mãe, Sandra, fez um depoimento emocionado, quando manifestou que sua família tinha feito muito esforço para que seu filho chegasse ao curso de Medicina, mas que hoje acompanhando a indignação dele com a situação que atravessa o HUAP, e  estará participando e apoiando esta luta. 
O doutor Jorge Darze, presidente do Sindicatos dos Médicos do RJ e diretor da Federação Nacional dos médicos, esteve presente e deixou seu depoimento contrário a implementação da empresa. 
A coordenadora do SINTUFF Lígia e estudantes de diferentes coletivos chamaram a unidade da comunidade universitária e a mobilização para continuar a batalha contra a adesão da UFF à empresa. O coordenador Pedro Rosa propôs a realização de novos eventos deste tipo. Agradeceu a participação dos convidados de Paraná e parabenizou pela dura luta que eles travaram enfrentando o golpe da reitoria da universidade de Paraná para implementar a EBSERH nessa instituição. 

Veja abaixo o vídeo com as falas dos convidados.
  

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Assembleia vota paralisação e mobilização ao CUV no dia 24/2

Foto: Jesiel Araujo.
A assembleia dos servidores da UFF, convocada pelo SINTUFF  e realizada em 22/2, votou pela realização de paralisação no dia 24/2. Esta medida será nacional e foi deliberada pela FASUBRA apresentando a seguinte pauta de reivindicações: Contra a PEC 395/2014 - cobrança dos cursos de especialização nas universidades; Em defesa dos Hospitais Universitários e contra a cessão dos trabalhadores estatutários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH); Contra a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (FUNPRESP) e as demais propostas de Previdência Complementar;  Contra a Reforma da Previdência.
O Coordenador Pedro Rosa manifestou a necessidade de acrescentar à pauta a defesa da jornada de 30 horas, questionada pelo reitor Sydney Mello através da divulgação da Portaria 55.442, considerando esta movimentação um ataque autoritário aos servidores.
Foi também reafirmada a necessidade de dar continuidade a campanha contra o assédio moral, com o indicativo de realizar-se um novo seminário no mês de março e de convocar a comissão que colaborará com um levantamento dos casos no conjunto da universidade.
Foi destacado que, no momento de crise de saúde com o surto de zika instalado no país, o HUAP hoje conta com o médico especialista de reconhecimento nacional para tratamento da doença Guillain-Barré, e que infelizmente o diretor do HUAP afirmou que ninguém com suspeita da doença será internado sem previamente ter a ordem de seu gabinete, o que foi denunciado pela Coordenação do SINTUFF.
Neste sentido se reafirmou a continuidade da luta contra a entrada da EBSERH no Hospital Antônio Pedro. A coordenação do SINTUFF convocou a categoria para participar da Audiência Pública, organizada pelo SINTUFF, ADUFF e os estudantes da Oposição de Esquerda da UFF, a realizar-se o dia 23
/2 às 18h no Bloco A no Campus Gragoatá, com a presença de servidores de outras universidades que manifestarão sua experiência trabalhando em hospitais onde já funciona a EBSERH.
Foi deliberado também a mobilização da categoria para participar do CUV (Conselho Universitário) no mesmo dia da paralisação. O SINTUFF pretende questionar no Conselho a Portaria 55.442 e impedir qualquer a votação para entrada da EBSERH na UFF. A participação ativa dos servidores na assembleia promete uma paralisação forte para enfrentar a ofensiva do reitor aos direitos dos trabalhadores.
No início da assembleia o coordenador Diogo do SEPE/Niterói esteve presente trazendo o informe acerca da deflagração da greve dos professores do estado que se iniciará no dia 02/03, por conta dos ataques ao salário e décimo terceiro que o governo Pezão está impondo à categoria da educação estadual.

Participe do Debate!


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

30 horas ameaçadas


Reitoria publicou uma portaria que cria um grupo de trabalho que deve pensar em uma forma de registrar a frequência dos trabalhadores. Vindo de uma administração que até hoje tenta enfiar o ponto eletrônico goela abaixo da categoria, não surpreende que tentem com essa medida expandir a catraca para toda universidade ameaçando o histórico direito de 30 horas semanais de trabalho. Confira abaixo a portaria.



Cai teto do setor de diálise do HUAP machucando duas servidoras

Hoje por volta das 7h da manhã, parte do forro de uma das salas do setor de diálise do Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) caiu sobre duas servidoras deixando uma com um corte na testa e outro no braço e a outra com uma lesão no ombro.
O problema aconteceu por causa de uma obra que ocorre no andar de cima. Um operário estava quebrando uma parede e o abalo fez com o que o reboco do teto do andar de baixo (onde fica a diálise) se soltasse fazendo peso sobre o forro que cedeu atingindo as trabalhadoras.
É no mínimo negligência por parte da Portubras Engenharia, responsável pela obra, e da direção do hospital fazer esse tipo de obra sem analisar a estrutura do prédio e os riscos oferecidos aos que estão em volta. Na sala em frente onde o teto cedeu havia pacientes. Quão pior não seria se esse forro caísse sobre alguém em tratamento? Apesar dos ferimentos, as servidoras passam bem.