Na manhã de terça-feira, 6/9, uma comissão de estudantes se reuniu com o reitor Roberto Salles para debater a pauta exigida pela comunidade universitária, que ocupava o prédio da Reitoria desde quarta-feira, 31/8. O reitor se comprometeu com inúmeros pontos, entre eles a paralisação das obras da Via Orla, a não concessão de terrenos da universidade para a construção da Via 100 e a não abertura de novos cursos pagos, assim como o impedimento da criação de novas turmas e matrículas nestes cursos. Diante das concessões propostas pela reitoria, os estudantes em assembleia definiram por aceitar o acordo e desocupar o prédio. Também é parte do compromisso firmado, o agendamento de uma reunião entre reitoria e SINTUFF para segunda-feira, 12/9, para discutir o interdito proibitório, impetrado pela administração da universidade contra o sindicato, assim como as demais questões pertinentes à pauta interna dos servidores.
Estudantes reagiram com mobilização à ataque do reitor
Na noite de 5/9, a reitoria havia conseguido judicialmente a reintegração de posse do prédio a partir das 20 horas, com uso de força policial caso necessário. Diante deses fatos, estudantes de todas as partes da universidade se dirigiram em massa para o prédio da Reitoria, dispostos a resistir e manter a ocupação. Cerca de mil estudantes reuniram-se em assembleia para definir qual seria os rumos da mobilização em caso de repressão. Entretanto, logo chegou a notícia que o reitor Roberto Salles havia recuado, suspendido temporariamente a ação judicial e aberto uma mesa de negociação com os estudantes para a manhã seguinte. O prédio da Reitoria "tremeu" com a vibração dos manifestantes, seus cantos e palavras-de-ordem.
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Fotos: Luiz Fernando Nabuco |
A ocupação foi uma demonstração de força da comunidade universitária, diante do autoritarismo do reitor Roberto Salles, que acuado pelo entusiasmo dos manifestante e pela avassaladora adesão aos protestos se viu obrigado a abrir um canal de diálogo. A ocupação evidenciou o melhor caminho parea que os servidores técnico-administrativos em greve obtenham conquistas na pauta interna e frente ao governo.
15 comentários:
Discordo sobre a questão de Volta Redonda. E venho afirmar que esse tipo de atitude não é um pensamento geral dos alunos da UFF-VR. Não está tudo lindo não. Nos deram um prédio novo com infraestrutura, mas que simplesmente fica extremamente isolado. Temos que nos deslocar muito para conseguirmos nos alimentar. Faltam professores. E mesmo que estivesse tudo lindo, creio que seja uma obrigação olhar para o lado e ajudar os companheiros que estão mais necessitados. É uma questão de deixar de olhar só pro seu umbigo. #FicaDica
Os alunos poderiam utilizar esta tremenda capacidade de mobilização para combater as revoltantes e ultrajantes furadas de fila que muitos deles promovem alegremente nos bandejões da UFF.
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