As greves e protestos das policiais e bombeiros marcaram o início do ano. A greve das polícias militares, bombeiros e batalhão de choque do Estado do CE acenderam os ânimos de luta dos militares da Bahia, Vitória e Rio de Janeiro.
A vitória foi contundente, o governo do Cid Gomes do PSB, aliado do governo federal, teve que ceder. A greve conquistou 7% de aumento, incorpora R$ 850,00 para todos policiais ativos, inativos e pensionistas, tanto da policia militar como dos bombeiros militares. Conquistaram 40 horas semanas e não mais 44, e contra o assedio moral, devera ser criado o Código de Ética e Disciplina. O acordo prevê também a anulação das multas individuais e para entidades, assim como a anistia.
Tensão na greve da Bahia. Militares do Rio e Espirito Santo ameaçam entrar em greve
As policias da Bahia em assembleia do dia 31/1 decretaram greve. Reivindicam além da criação de um plano de carreira, pagamento da URV e melhores condições de trabalho. Mais de 4 mil pessoas, entre policiais e seus familiares, incluindo cerca de 300 crianças, ocupam o prédio da Assembleia.
O governador Jaques Wagner do PT tenta desmoralizar os grevistas tratando-os de bandidos e solicitou a presença dos soldados da Força Nacional e do Exército. A presidente Dilma Rousseff ordenou o deslocamento de 2.350 soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica, em uma clara demonstração da forma em que pretendem resolver o conflito.
Os militares de Espírito Santo já estão em estado de alerta e podem entrar em greve caso as reivindicações da categoria não forem atendidas.
Entretanto os trabalhadores da Segurança pública do RJ realizaram um importante ato e uma passeata no domingo 29 de janeiro na orla de Copacabana com mais de 5000 participantes. Recebendo o pior salário do Brasil, as categorias ameaçam sair à greve a partir do dia 10/2 se o governador Sergio Cabral não atende as reivindicações apresentadas.
Esta onda de protestos responde à política de arrocho do governo sobre o conjunto dos servidores públicos e em particular sobre os trabalhadores da segurança pública. Entretanto prepara cortes no orçamento de 2012 para fazer superávit primário e pagar os juros da divida pública aos agiotas do sistema financeiro.
A reivindicação salarial que unifica os trabalhadores da segurança publica no país inteiro e a aprovação da PEC 300, que define um piso salarial para os militares, garantindo que nenhum servidor, ativo ou aposentado poderia receber menos do que os do Distrito Federal, onde ocorre a maior remuneração do país. Promessa de campanha da Presidente Dilma, traída pouco tempo depois de assumir.
È necessário apoiar a luta dos trabalhadores da Segurança Pública. O caminho traçado pelos militares de Ceará é o espelho de todos os movimentos para conseguir as reivindicações e exigir a mais breve aprovação da PEC 300.
Unidos pra lutar denuncia a postura autoritária da presidente Dilma e dos governos estaduais do PSDB, PT e PMDB, que se juntam para reprimir os movimentos de greve. Exigimos o fim da criminalização dos movimentos sociais e abertura imediata de negociações com grevistas da Bahia, do RJ e dos demais estados.
Unidos pra Lutar
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