terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Plenária organiza campanha pela libertação de Daciolo e todos os grevistas presos

Deputada Janira Rocha (PSOL) diz que se for cassada por defender os trabalhadores sentirá orgulho e que seu mandato e está a serviço das lutas

A truculenta ação do governo Sérgio Cabral apoiada pela presidente Dilma, de prender o dirigente cabo Benevenuto Daciolo e todos dirigentes da greve decretada na semana passada em grande assembleia na Cinelândia, deixou o movimento sem direção. O governo contou com apoio da Rede Globo para divulgar conversas telefônicas grampeadas do celular do cabo com a deputada estadual Janira Rocha (PSOL), com o objetivo de desprestigiar a imagem de Daciolo e confundir a população sobre os motivos da greve.
As categorias resistiram heroicamente, mas a cada hora era anunciado um mandado de prisão. Daciolo permanece isolado na prisão de segurança máxima de Bangu 1.
Em resposta a este ataque os militares organizaram um ato em Copacabana, para repudiar a criminalização exercida sobre trabalhadores honestos que reivindicam melhorias salariais e a aprovação da PEC 300. Todas as intervenções destacaram a importância de lutar pela libertação dos presos. Estiveram presentes e falaram no ato a deputada Janira Rocha (PSOL), o deputado Paulo Ramos (PDT) e o dirigente do PSOL Babá. O mandato da Deputada Janira está sendo ameaçado de cassação por apoiar a greve. “Se cassam meu mandato por apoiar uma greve, isto é um orgulho para mim, meu mandato estará sempre a disposição para apoiar as lutas dos trabalhadores”, enfatizou Janira. Estiveram também presentes representações da CSP-Conlutas , Unidos pra lutar , Sintuff, Sindipetro, Aduff, as organizações juvenis Vamos a luta e Juntos.
Mulheres de militares presos exigem a libertação destes
Destacaram-se as esposas dos militares presos, que vestindo camisas com os nomes de sues maridos, fizeram depoimentos emocionados. “Não fiquem em suas casas, venham lutar conosco, estão prendendo trabalhadores honestos, pais de família, quem deveria ser preso é o governador”. Expressou a esposa de um dirigente que mais tarde se entregaria cumprindo o mandato de prisão recebido. A esposa de Daciolo convocou a todo o mundo para participar de uma campanha. “Não descansaremos até todos serem libertados”, enfatizou.
Foi convocada uma plenária para dar início a campanha pela libertação de todos os presos. Será na quarta feira, 15/2, às 18 horas, na sede do Sindipetro, na Rua Passos próximo a Praça Tiradentes no Rio de Janeiro. SINTUFF também convoca esta reunião. 

Ato para defender reposicionamento reúne 200 aposentados na Reitoria

Foto: Zumair Rocha
O ato em defesa do reposicionamento dos aposentados, na terça (14), reuniu cerca de 200 aposentados. A manifestação ocorreu em virtude de documento enviado pelo governo para Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), recomendando que esta reveja o reposicionamento dos aposentados. Diante deste documento, o SINTUFF ligou o sinal de alerta, preocupado com a possibilidade da UFF receber a mesma notificação.
Foto: Zumair Rocha
Durante a manifestação, transitaram pela reitoria o vice-reitor Sidney Mello e pro-reitora de Gestão de Pessoas Jovina de Barros Bruno. Os coordenadores do SINTUFF conversaram com Sidney e Jovina para que estes passassem uma posição da reitoria sobre a situação do reposicionamento. O vice-reitor se esquivou da manifestação, delegando à pro-reitora a tarefa de conversar com os aposentados. Pedro Rosa em contrapartida afirmou no microfone: “Se votassem para reitor, a atenção do vice-reitor com os aposentados seria maior”. Diante do constrangimento, Sidney se dirigiu aos aposentados, pediu o microfone e reafirmou que Jovina prestaria um posicionamento da reitoria sobre o assunto. O vice-reitor alegou que não poderia permanecer devido a outros compromissos agendados.
Foto: Zumair Rocha
Logo a seguir, Jovina se dirigiu aos manifestantes. Ela afirmou que a reitoria tem conhecimento que outras universidades receberam documento. A pro-reitora assegurou que a posição do reitor Roberto Saller é de manter o reposicionamento e recorrer às instâncias cabíveis caso haja alguma notificação da AGU ou do TCU no sentido de rever esta conquista dos aposentados. Jovina, ao ler o documento recebido pela UFSM, afirmou que o texto menciona apenas uma recomendação, não se tratando de uma decisão.
O SINTUFF entende que os aposentados devem ampliar a mobilização e se antecipar aos passos do governo, pressionando desde já a reitoria para que esta faça valer a autonomia universitária. Por precaução, o Departamento Jurídico do SINTUFF já está mobilizado para ingressar com ação caso haja perda do direito.
Convocamos os aposentados e toda a categoria a comparecer ao Conselho Universitário (CUV) do dia 29/2 para se antecipar e defender o reposicionamento. O CUV será realizado no Instituto de Geociências (Praia Vermelha), próximo à Escola de Engenharia, a partir das 8 horas.
Foto: Zumair Rocha
Distorções
O acordo que extinguiu o PUCRCE e institui o PCCTAE gerou distorções na carreira, entre eles perdas salariais aos aposentados. Antes enquadrados no fim de carreira, os aposentados foram remetidos ao início da tabela salarial. O acordo foi firmado entre o governo e a FASUBRA em 2005. Essa “falha” prejudicial aos aposentados precisa ser corrigida também na lei, de forma a evitar ataques do governo aos nossos direitos. Nesse sentido é necessária uma nova direção para a FASUBRA, independente do governo e reitorias. Começaremos a construir esta mudança em nossa federação na Assembleia Geral do dia 22/3, que será realizada às 15 horas, no Bandejão do Gragoatá. Quanto mais companheiros comparecerem mais delegados o SINTUFF elegerá.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Liberdade para Daciolo, Prisco e todas as lideranças presas! Pela aprovação da PEC-300!

Estivemos durante dois dias em Salvador-BA, levando nosso apoio aos valorosos Policiais Militares em greve. Uma delegação da Associação Nacional de Sindicatos “Unidos pra Lutar” composta pelos dirigentes do Sindicato dos Químicos de São José e Vale do Paraíba (SP) Wellington Cabral; por Reginaldo Cordeiro, dirigente do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba (PA) e por Pedro Rosa, Coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminense (RJ).
Sua luta, assim como a das policias do Ceará no começo do ano, ou a dos bombeiros do Rio no ano passado é mais do que justa: eles reivindicam um salário digno e condições de trabalho humanas. Logo eles, que arriscam sua vida como os bombeiros nas sucessivas enchentes, nos desabamentos de morros e prédios, nos incêndios que se repetem. Ou como os policiais que colocam em risco sua vida enfrentando todo tipo de bandidos. 
Nos emocionamos falando com grevistas, esposas e filhos que corajosamente acompanham seus familiares na luta. E nos indignamos com o discurso e a atitude terrorista do governador Jaques Wagner do PT e da presidente Dilma, que mandaram o exército, tanques e helicópteros para fazer cerco e reprimir os grevistas, trabalhadores da segurança pública, que ocupavam a Assembléia Legislativa.
Levamos nosso apoio e nossa solidariedade sindical, política, material e moral. Ouvimos lideranças de outros estados, também policiais, apoiando seus camaradas.  E saímos de Salvador após a assembléia, onde em que pese à prisão das lideranças, os policiais ratificaram que a greve continua.
Voltei para o Rio a tempo de participar da Assembléia conjunta dos policiais civis, militares e bombeiros do Estado, que aguardaram até o ultimo momento antes de deflagrar a greve alguma sinalização de negociação decente por parte do governo. A Cinelândia estava lotada, eram mais de sete mil vozes que cantavam: “Libertem Daciolo e prendam o Cabral” e “Greve Geral, a culpa é do Cabral! Quando a esposa do prisioneiro político Daciolo falou, se fez um grande silencio e foi grande a emoção que comoveu todos na Cinelândia.
Eram recebidas com aplausos as delegações das UPP’s que se somaram à greve, como a da Providencia, Cidade de Deus, Turano, entre outras. A Rede Globo foi duramente criticada e vaiada, pela sua desavergonhada cobertura manipulada dos fatos, apoiando descaradamente o governo, insistindo junto com a Justiça na “ilegalidade da greve”.
Justiça? Enquanto policiais e bombeiros são presos por defender seu direito a um salário digno, o mega especulador Naji Nahas festeja o despejo violento do Pinheirinho a mando do governo do PSDB.  O mais revoltante é que nove dias após o despejo a Prefeitura tucana reduziu o IPTU sobre o terreno e o que era uma dívida de R$ 2 milhões foi gentilmente reduzida para R$ 400 mil!

Justiça? Prendem o Daciolo no Rio e Marcos Prisco na Bahia, assim como outras lideranças que foram presas ou estão com mandado de prisão, mas o banqueiro Daniel Dantas, acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas foi premiado: a Justiça Federal suspendeu o sequestro de todo o complexo agropecuário – 27 fazendas e 450 mil cabeças de gado, patrimônio que estava sob regime de arresto desde julho de 2009 quando ocorreu operação da Policia Federal pelas acusações de lavagem e evasão de divisas.
O que está em jogo nesta greve é a política do governo federal e dos governos estaduais, sejam do PT, do PMDB, do PSB, ou dos tucanos de um ajuste que cai nas costas dos trabalhadores, e especialmente sobre os servidores públicos dos três setores: federal, estadual e municipal.
Ao dedicar 50% do orçamento para o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública, o governo corta e corta despesas sociais. Por isso os professores, funcionários da saúde, da segurança pública, servidores das universidades e de outros órgãos e serviços tem seus salários congelados, seus serviços sucateados e sua aposentadoria sob o iminente perigo de ser privatizada.
Mas Dilma e o PT se elegeram entre outras coisas porque na época defenderam a PEC-300 que garante um piso nacional para policiais e bombeiros, que é reivindicação da categoria. Compromisso que logo em seguida traíram, e agora, da mesma forma que os tucanos, criminalizam e perseguem os trabalhadores que lutam pelo salário.
Cabe a todos os lutadores honestos do país, aos partidos que se reivindicam de esquerda, à juventude que luta pelos seus direitos, estarem lado a lado hoje com os policiais e bombeiros que na Bahia e no Rio lutam pela sua dignidade, pela liberdade de seus lideres presos, pelo salário. Da mesma forma, cabe ajudar a articular os policiais, os trabalhadores da saúde e da educação, para todos juntos unificar a luta dos servidores públicos em prol do aumento salarial que com toda razão reivindicam. A vitória destas lutas será o enfraquecimento do plano de ajuste destes governos e isso impulsionará novas categorias a lutarem.
Merece da nossa parte especial destaque o papel da dirigente do PSOL, dirigente sindical da saúde e hoje Deputada Estadual do RJ, Janira Rocha. Não aceitamos os ataques a que está sendo submetida pela imprensa e por parlamentares inescrupulosos, como Cidinha Campos do PDT, que a acusou de ter quebrado o “decoro parlamentar”. Vergonha! Quando 99% dos parlamentares do país utilizam seu mandato para negócios particulares e os partidos viraram legendas para proteger e enriquecer políticos servis ao capital, Janira teve um comportamento exemplar que nos orgulha. Por isso, também estamos na sua defesa para o que for necessário.
Pedro Rosa Cabral – Coordenador Sintuff (Servidores da Universidade Federal Fluminense) e dirigente da Associação de Sindicatos Independentes Unidos pra Lutar.
10 de Fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Manifestação denuncia privatizações do prefeito Jorge Roberto

O Fórum de Lutas contra as privatizações de Niterói organizou no dia 2/2 um ato no centro de Niterói. A entidade se formou no final de ano passado, logo que – em sessão a portas fechadas – a Câmara de Vereadores de Niterói aprovou o projeto do prefeito Jorge Roberto Silveira (PDT) que transfere a gestão de diversas áreas da administração municipal, como saúde, educação, esporte, cultura e assistência social às Organizações Sociais (OSs), instituições de direito privado. A aprovação do projeto gerou uma forte resistência e mobilização de diferentes setores sociais e organizações sindicais e estudantis.
O ato se iniciou frente à Câmara de Vereadores e marchou pela Avenida Amaral Peixoto até a Praça Arariboia. Diversas organizações estiveram presentes: SINTUFF, ADUFF, SINDSPREV, SEPE, Unidos pra Lutar, Associação de Moradores do Morro do Estado, CCOB, DCE-UFF. Os vereadores Renatinho (PSOL) e Leonardo Giordano (PT) apoiaram a manifestação. Também expressaram solidariedade os partidos políticos PSTU e PCB. O presidente do PSOL de Niterói Flavio Serafini e o pré-candidato a prefeito Paulo Eduardo Gomes (PSOL) acompanharam o ato e interviram lançando fortes denúncias ao mandato do atual prefeito.
A coordenadora do SINTUFF Ligia Antunes representou o sindicato assinando uma petição ao Ministério Público para anular a audiência que votou o projeto de privatização. A dirigente alertou sobre os prejuízos que a privatização dos serviços acarretará aos moradores e usuários da saúde pública. Destacou também a importância de continuar a luta chamando a unidade de todos os setores. 

Policias e bombeiros protestam e exigem aumento salarial

As greves e protestos das policiais e bombeiros marcaram o início do ano. A greve das polícias militares, bombeiros e batalhão de choque do Estado do CE acenderam os ânimos de luta dos militares da Bahia, Vitória e Rio de Janeiro.
A vitória foi contundente, o governo do Cid Gomes do PSB, aliado do governo federal, teve que ceder.  A greve conquistou 7% de aumento, incorpora R$ 850,00 para todos policiais ativos, inativos e pensionistas, tanto da policia militar como dos bombeiros militares. Conquistaram 40 horas semanas e não mais 44, e contra o assedio moral, devera ser criado o Código de Ética e Disciplina. O acordo prevê também a anulação das multas individuais e para entidades, assim como a anistia.



Tensão na greve da Bahia. Militares do Rio e Espirito Santo ameaçam entrar em greve
As policias da Bahia em assembleia do dia 31/1 decretaram greve. Reivindicam além da criação de um plano de carreira, pagamento da URV e melhores condições de trabalho. Mais de 4 mil pessoas, entre policiais e seus familiares, incluindo cerca de 300 crianças, ocupam o prédio da Assembleia.
O governador Jaques Wagner do PT tenta desmoralizar os grevistas tratando-os de bandidos e solicitou a presença dos soldados da Força Nacional e do Exército. A presidente Dilma Rousseff ordenou o deslocamento de 2.350 soldados do Exército, Marinha e Aeronáutica, em uma clara demonstração da forma em que pretendem resolver o conflito.
Os militares de Espírito Santo já estão em estado de alerta e podem entrar em greve caso as reivindicações da categoria não forem atendidas.
Entretanto os trabalhadores da Segurança pública do RJ realizaram um importante ato e uma passeata no domingo 29 de janeiro na orla de Copacabana com mais de 5000 participantes. Recebendo o pior salário do Brasil, as categorias ameaçam sair à greve a partir do dia 10/2 se o governador Sergio Cabral não atende as reivindicações apresentadas.
Esta onda de protestos responde à política de arrocho do governo sobre o conjunto dos servidores públicos e em particular sobre os trabalhadores da segurança pública. Entretanto prepara cortes no orçamento de 2012 para fazer superávit primário e pagar os juros da divida pública aos agiotas do sistema financeiro.
A reivindicação salarial que unifica os trabalhadores da segurança publica no país inteiro e a aprovação da PEC 300, que define um piso salarial para os militares, garantindo que nenhum servidor, ativo ou aposentado poderia receber menos do que os do Distrito Federal, onde ocorre a maior remuneração do país. Promessa de campanha da Presidente Dilma, traída pouco tempo depois de assumir.
È necessário apoiar a luta dos trabalhadores da Segurança Pública. O caminho traçado pelos militares de Ceará é o espelho de todos os movimentos para conseguir as reivindicações e exigir a mais breve aprovação da PEC 300.
Unidos pra lutar denuncia a postura autoritária da presidente Dilma e dos governos estaduais do PSDB, PT e PMDB, que se juntam para reprimir os movimentos de greve. Exigimos o fim da criminalização dos movimentos sociais e abertura imediata de negociações com grevistas da Bahia, do RJ e dos demais estados.

Unidos pra Lutar

Dois anos de precariedade no Departamento de Administração de Pessoal da UFF

 A reforma do quarto andar da reitoria, destinado ao Departamento de Administração de Pessoal (DAP) iniciou em janeiro de 2010 e tinha preivsão contratual de seis meses para sua conclusão. No entanto já se foram dois anos e parece que será concluída em data próxima ao carnaval. Entre licitações e troca da empresa responsável pelas obras, os servidores do DAP executam seus trabalhos em precárias condições, num espaço alugado no Clube de Regatas Icaraí.
O DAP trata da documentação trabalhista de todos os funcionários da UFF, incluindo a folha de pagamento dos professores e servidores. Por isso mereceria todo empenho do reitor para que este setor tivesse condições dignas de trabalho, durante o período da obra. No entanto, o que ocorre é inverso.
A inadequação das instalações atuais do DAP é gritante. Os diversos ventiladores espalhados pelas “salas” já comprovam o calor excessivo, do qual reclamam os servidores. Caixas e pilhas de papel se espalham pelos cômodos de forma desordenada, visto a ausência de locais adequados para guardar as documentações. Até mesmo embaixo das mesas de trabalho caixas e papéis empilhados. Inúmeras cadeiras encontram-se quebradas ou em mau estado de conservação e a utilização dos equipamentos ocorre sem ergonometria, ou seja, pondo em risco a saúde do trabalhador.
Na sala do setor de Pagamento, há apenas um único balcão para todo tipo de atendimento e este se confunde com todo o restante do ambiente de trabalho, provocando inadequado atendimento ao público, diz um funcionário. Em alguns ambientes dez pessoas dividem o local de trabalho onde anteriormente eram apenas quatro, com muitos computadores e fiações elétricas mal distribuídas. No caso do setor de Pagamento um único espaço comporta o equivalente ao que seriam três salas.
Ao perceber a presença do sindicato que informou fazer matéria ao jornal, a diretora do DAP Marlette Rose Galvão Alves se dirigiu ao Coordenador do SINTUFF Pedro Rosa argumentando que não há negligência da reitoria com a situação do DAP. Ela argumentou que a situação se arrasta devido aos problemas enfrentados com as empresas escolhidas. A diretora requereu que os servidores, ao fazerem declarações ao Jornal SINTUFF, deveriam ser identificados na matéria. Entretanto, os princípios do bom jornalismo pressupõem a garantia do sigilo da fonte, caso necessário.
Mas será que não há negligencia do reitor com a reforma do DAP? Como se explica enormes prédios sendo construído na UFF em alta velocidade e tamanha demora na reforma de um único andar.
No dia 16/1, houve um curto circuito na fiação que cortava o chão de uma das salas sem vedação apropriada, assustando os funcionários e colocando em risco a integridade das pessoas e dos documentos. No dia seguinte, 17/1, um armário de ferro caiu abruptamente. Por sorte ninguém saiu ferido, apesar de o armário quase ter atingido uma servidora.
É lamentável que a UFF, onde encontram-se engenheiros, comissão de segurança do trabalho e um curso de pós graduação nesta área, prefira executar as obras sem os cuidados trabalhistas necessários. Quando ocorre um acidente (e muitos já ocorreram), a UFF vira as costas aos seus trabalhadores, não lhes garantindo nenhuma assistência à saúde.
A superintendente de Arquitetura e Engenharia Elisabete Aiko Hagiwara da Silva, responsável pela obra, disse que atual prazo para entrega da obra da DAP é 17/2, e se mostrou confiante que este será cumprido. Segundo Elizabete, a empresa sofrerá as penalidades contratuais em caso de descumprimento deste prazo, acordado em reunião entre a empresa, a comissão de funcionários do DAP e o Gabinete do Reitor (GAR). Os custos extras de aluguel e prejuízos trabalhistas serão arcados pelos responsáveis pelo atraso da obra? O SINTUFF cobrará cumprimento das penalidades contratuais existentes.