sexta-feira, 8 de julho de 2011

Governistas na Fasubra apontam suspensão da greve nas universidades apesar do governo não apresentar nenhuma proposta

No dia 6/7, em Brasília, o Comando Nacional de Greve da Fasubra se reuniu para avaliar o documento do governo para os servidores das universidades. O documento exige a "SUSPENSÃO DA GREVE PARA QUE VOLTEMOS A NEGOCIAR." O governo não menciona sua proposta sobre nenhum ponto das reivindicações. Para qualquer servidor sindicalista sério, honesto, eleito por sua categoria para defender o direito de todos diria: o governo está de piada conosco, pois em março a greve não foi deflagrada exatamente porque a maioria na plenária deu um voto de “confiança” ao governo, onde o mesmo pediu que não houvesse  greve, comprometendo-se a apresentar propostas às nossas demandas. Desta promessa surgiram quatro reuniões e nenhuma resposta. Pior ainda, o governo votou a MP 520/10 que supostamente iria ser debatida na mesa. Isto obrigou os servidores em assembleias do país inteiro a deflagrar a greve. E agora aparecem com uma proposta indecente.
52 membros do Comando Nacional de Greve, que pertencem a Tribo/CSD/CUT e a CTB, aprovaram na reunião a proposta de orientar a suspensão da greve e dar mais um voto de “confiança”. Os outros 47 membros do comando presentes votaram contra essa resolução. Esta posição vergonhosa será avaliada pelas assembleias.



As assembleias devem reafirmar a greve para derrotar o golpe da Tribo/CSD/CUT e CTB e substituir os que votaram contra a greve em Brasília.
Qual assembleia autorizou qualquer membro do Comando Nacional a suspender a greve? Nem politicamente e nem juridicamente uma diretoria ou comando de greve podem definir isso, somente uma assembleia. Por tudo isso, as assembleias têm que urgentemente reafirmar a greve; substituir todos os membros do comando que votaram a revelia de sua assembleia; eleger novos membros coerentes com as posições da categoria. O correto é punir o sindicalizado que vota contra as decisões de sua assembleia.



FHC - Lula - Dilma - Todos fazem chantagem dizendo que só negociam fora da greve
Enquanto Dilma cede à chantagem do PMDB, do agronegócio, dos ruralistas, dos empresários, dos banqueiros e do Congresso Nacional, não apresenta nenhuma proposta para nós servidores. Nossas assembleias precisam lembrar ao governo Dilma que essa chantagem de exigir que saiamos da greve para negociar já é antiga. Foi assim com FHC, com Lula e está sendo assim com Dilma. Esse é o papel que cumpre qualquer governo deste tipo. Lula teve oito anos de mandato e centenas de reuniões com a Fasubra. Em nenhuma reunião fora de greve foi atendida qualquer reivindicação. Tudo o que conseguimos foi com a greve. Então esta chantagem não cola.
Com todo este histórico da FASUBRA, o que explica que estes “iluminados” no comando nacional tenham se achado no direito de propor o fim da greve? São pessoas ligadas aos mesmos grupos políticos que em março impediram a greve, apesar da maioria das assembleias terem votado pela deflagração. São os militantes da CUT (PT) e CTB (PCdoB) que vivem dentro dos sindicatos para defender as políticas do governo federal. Buscam com isto defender os cargos que suas centrais têm no governo e os diversos cargos por indicação das reitorias. É a vergonhosa cumplicidade de sindicalistas governistas que viram as costas aos interesses de sua categoria; que passam por cima de suas assembleias; que têm deputados que votaram pela privatização dos hospitais.


Unificar as lutas para arrancar reajuste salarial! Seguir firme na greve
Há uma enorme onda de greves pelo país. São hospitais, operários da construção civil, professores da rede estadual. Até mesmo os bombeiros estão em um forte processo de lutas. Nossa greve nas universidades acontece no melhor momento, pois o governo está completamente em crise, envolvido dia após dia em escândalos de corrupção e quedas de ministros. Já está evidente que há verbas sobrando nos cofres públicos. Infelizmente preferem doar o dinheiro dos nossos impostos para megaempresários fundirem suas empresas, como no caso Pão de Açúcar, onde Abílio Diniz receberá do BNDES R$ 4 bilhões. Além disso, as licitações para as obras da Copa e Olimpíadas terão sigilo absoluto para assegurar o derrame da verba pública sem qualquer fiscalização.
As lutas estão arrancando conquistas. A greve da construção civil conquistou aumento salarial. Os metalúrgicos do Paraná obtiveram 20% reajuste e R$ 11 mil de PLR. Outras categorias tiveram proposta, não aceitaram por considerar insuficiente e continuam em greve. É o caso dos bombeiros do Rio de Janeiro, que conquistaram anistia e recusaram míseros  5,5% de reajuste. Os professores do Rio de Janeiro tiveram proposta de 9,2% e rejeitaram.
Nós das universidades não podemos aceitar sair da greve sem nenhuma proposta concreta. Todas as categorias que conseguiram reajuste salarial ou tiveram alguma proposta foi porque seguiram firmes na greve. A única forma de garantir nosso reajuste é derrotar o golpe da Tribo/CUT e CTB, e continuar a nossa greve, que só vem crescendo, se fortalecendo e neste caminho construir uma nova direção para a FASUBRA. Devemos organizar um grande ato nacional, chamando as demais entidades da educação federal, como ANDES e SINASEFE a unificarem conosco.
DIGA NÃO AO GOLPE DOS SINDICALISTAS QUE PREFEREM DEFENDER O GOVERNO CORRUPTO DO QUE SUA CATEGORIA.


TODOS ÀS ASSEMBLEIAS PARA DERROTAR PELA  BASE E NA FASUBRA OS QUE TRAEM A CATEGORIA

3 comentários:

José disse...

Boa tarde. Há alguma notícia sobre quando o SINTUFF vai deliberar sobre a continuidade ou não da greve ?

Anônimo disse...

Muito bem escrito o manifesto! Esses servidores traidores que votaram contra a continuação da greve são uma vergonha para nossa categoria e merecem a expulsão imediata!

SINTUFF disse...

sim, companheiro. Hoje (12/07)às 14 horas no auditório da faculdade de educação no Bloco D do Gragoatá. haverá uma assembleia para votar mais uma vez pela continuidade da greve.
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