terça-feira, 8 de março de 2016

Com forte escolta policial reitor e diretor do HUAP dão golpe na UFF

Foto: Zulmair Rocha
O Reitor Sydney e o diretor do Hospital Antônio Pedro, Tarcísio Rivello, com uma operação repressiva e uma ação vergonhosa, conseguiram aprovar um indicativo para a entrada da EBSERH na UFF. Em cinco minutos e numa reunião secreta, supostamente do Conselho Deliberativo, onde ingressaram pessoas desconhecidas, decidiram o destino do hospital. Cientes da impossibilidade de convencer à comunidade universitária sobre as vantagens da EBSERH, reitor e diretor montaram um aparato repressivo e judicial para impor, com uma votação minoritária, a concordância à privatização do HUAP.
A reitoria conseguiu uma liminar que determinava um interdito proibitório frente a qualquer manifestação. Assim, desde cedo três carros de polícia e um batalhão de policiais armados organizaram um cordão de isolamento gradeando a entrada do prédio da Procuradoria Federal. O assessor da reitoria, Ronconi, conseguiu ser mais autoritário que a própria justiça impedindo a entrada de trabalhadores, estudantes, usuários e parlamentares. A conselheira suplente Lígia, coordenadora do SINTUFF, depois de muita briga, conseguiu entrar para registrar a ilegitimidade dessa reunião.
O autoritarismo da reitoria é cada vez mais exacerbado e todos os problemas da universidade estão sendo resolvidos através da imposição policial. A universidade tem sido tolhida do debate.
De que tinha tanto medo o diretor Tarcísio, para ter que apelar a tamanho aparato repressivo? A polícia federal, estadual e municipal dos governos Dilma, Pezão e Rodrigo Neves, armados com fuzis e escopetas, ameaçaram manifestantes que realizavam um protesto legítimo.  O reitor e o diretor tinham medo de que o debate democrático expusesse e a comprovação de que, em todos os hospitais onde a empresa foi implementada, o modelo fracassou. Pioraram os atendimentos, falta material, recuaram as pesquisas, se pratica assédio moral, e o atendimento é produtivista.
 Tinham medo porque se aceitassem a proposta de realizar audiências públicas para garantir o debate democrático acerca do significado da EBSERH na universidade, não teriam argumentos para convencer que uma empresa privada, que visa só a obtenção de lucros, vai beneficiar a saúde pública.
O que reitor e diretor fizeram foi uma demonstração de debilidade e incapacidade de lidar com os assuntos da universidade e com o diálogo com trabalhadores e estudantes da UFF. O SINTUFF, junto a estudantes e professores, fizeram seu papel. Estiveram na porta denunciando a atitude covarde e autoritária da reitoria e da direção do hospital.
No final da reunião, na saída dos conselheiros, a manifestação indignada repudiou os conselheiros e o diretor. A polícia federal e municipal jogaram covardemente gás de pimenta nos manifestantes.
A batalha continua, no próximo CUV a reitoria pretende colocar a EBSERH na pauta. V
amos nos mobilizar e lotar o conselho! Todos ao CUV.

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