Na terça feira, 9/12, ocorreu a primeira reunião
com o reitor eleito Sidney Mello. Inicialmente esta reunião tinha sido
solicitada em conjunto pela ADUFF e SINTUFF para cobrar esclarecimentos acerca
dos rumores que afirmavam que Roberto Salles teria deixado o contrato da EBSERH
assinado. Na
reunião também foram incluídos dois pontos, contraditórios: a) A construção de
uma Mesa Permanente de Negociação, proposta anunciada pelo novo reitor em sua
posse. Esta atitude pareceu apresentar uma nova fase na UFF, onde o reitor
respeitaria as entidades sindicais e negociaria suas pautas. b) A ordem de
despejo do SINTUFF de sua sede localizada no Campus do Valonguinho.
Sobre
a EBSERH, Sidney afirmou que Roberto Salles havia assinado de fato o contrato,
porém o novo reitor não encaminhou. “Nem sei onde coloquei o documento assinado
por Salles”, afirmou Mello. E ainda disse que “Não existe nenhuma possibilidade
de essa gestão assinar EBSERH sem seguir os trâmites democráticos”. Afirmou que
será feito o debate público, mas que quando votado no conselho, não queria ver
tumultos. A
comunidade universitária já expressou seu repúdio a este ataque em diversas
manifestações e atos. O reitor deveria respeitar as decisões da comunidade
universitária, das três entidades, e ser parte da luta contra a EBSERH, mas
sabemos que há interesses privados neste debate.
No
dia 02/12 o SINTUFF recebeu uma notificação assinada por Roberto Salles,
exigindo que o sindicato deveria sair do prédio que ocupa há décadas. Na
reunião, Sidney confirmou sua posição de despejar nosso sindicato. Ou seja, o
reitor quer estabelecer uma “mesa de negociação” e começa o diálogo botando o
sindicato pra fora da UFF. Não vemos nesta atitude os tais “caminhos
democráticos” que anunciou. Este é um posicionamento de total autoritarismo.
90% dos sindicatos dos trabalhadores das universidades funcionam dentro de suas
instituições. A luta de docentes, técnicos e estudantes são pilares na defesa
da própria universidade.
A
desculpa do reitor é que a presença do sindicato no campus do Valonguinho não
contribui para os fins da UFF. Há bancos, fundações privadas e ONG´S ocupando
espaços públicos na UFF, mas essas entidades não incomodam o reitor. Por que
será? Entendemos esta medida como um ataque deliberado ao SINTUFF por ser é um
sindicato de luta e que sempre enfrentou as ofensivas do governo e da reitoria
contra os direitos dos trabalhadores da universidade e de outras categorias, a
exemplo da batalha que estamos encampando contra a EBSERH. O reitor quer
derrotar o SINTUFF porque pretende avançar nas propostas de ajuste e retirada
de direitos que o governo Dilma vem tentando aplicar com o plano de desmonte do
funcionalismo público. Não é à toa que este processo se iniciou no HUAP quando
o diretor Tarcísio, após ceder espaço ao SINTUFF, fez questão de forçar sua
retirada para um local menor.
Se
essa é a forma como o reitor quer se comportar para “negociar”, informamos que
o SINTUFF não ficará calado nem passivo frente a esta ofensiva autoritária. Quais
serão os próximos perseguidos? Os Diretórios Acadêmicos e o DCE que denunciam
cursos pagos e exijam melhores condições de estudo? Grupos de Estudos e
Pesquisas que não obedeçam as linhas de pensamento do senhor reitor? Os dirigentes
de faculdade, institutos, departamentos e cursos que não rezem sua cartilha
terão caçados seus apoios?
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