SINTUFF reunido em audiência com o vice-reitor |
O vice-reitor abriu a conversa afirmando: "A EBSERH está fora da pauta da UFF". Segundo Sidney, enquanto estiver questionada judicialmente a constitucionalidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o debate não será retomado pela universidade. Segundo ele, se for superada a questão da constitucionalidade, o debate sobre este tema será realizado no Conselho Universitário e que prezará pelo diálogo com a comunidade acadêmica. Entretanto, o SINTUFF questionou veemente as declarações do diretor do HUAP, Tarcísio Rivello, à imprensa no sentido de assinar o contrato com a EBSERH. Este aparente recuo demonstra que a pressão do SINTUFF e demais entidades, da comunidade universitária e da sociedade começa surtir efeito. Vale lembrar também que o SINTUFF entrou na justiça com uma ação contra a implantação da EBSERH.
O coordenador do SINTUFF, Pedro Rosa, pressionou para que o vice-reitor apresentasse uma posição política da universidade sobre a EBSERH. Sidney Mello disse que nos moldes atuais, a UFF é contrária, tendo em vista que o modelo em vigor fere a autonomia universitária. Contudo, não se pronunciou contrariamente às contratações pelo regime da CLT, sob alegação de que este é melhor que a terceirização.
Sobre as catracas, o vice-reitor afirmou que estas utilizam um sistema eletrônico "burro" ou "cego", que não armazena dados, não gera extrato e, portanto, não controla frequência, nem horário. Segundo Sidney Mello, a cartão apenas libera o acesso, não sendo - segundo ele - uma ameaça às 30 horas. A coordenadora do SINTUFF, Wânia Ribeiro Santana, questionou o fato dos modelos das catracas terem teclas e visor, o que indicaria a possibilidade de controle eletrônico de ponto e frequência. Sidney Mello afirmou que nas catracas não estão instaladas a tecnologia necessária para fazer este controle, mas reconheceu que estas seguem um padrão que permite futuramente a instalação de software. Novamente, o SINTUFF questionou o fato do diretor do HUAP, Tarcísio Rivello, ter utilizado a questão da frequência e do acesso em ação junto ao Ministério Público para forçar a implantação das catracas.
A coordenadora Lígia Martins questionou o problema da segurança gerado pela catraca em caso de incêndio e pânico. Os servidores presentes relataram vários episódios nos quais as catracas instaladas geraram dificuldades graves de acessibilidades para macas e cadeirantes. A localização das catracas é extremamente temerosa. O coordenador Willian Kitzinger sugeriu que um estudo de acessibilidade do HUAP seja feito com especialistas em segurança da própria universidade. Os presentes afirmaram que o SINTUFF não é contrário ao controle de acesso, mas rechaça veementemente o modelo atual de catracas imposto pelo reitor e o diretor do HUAP, à revelia inclusive das decisões do Conselho Universitário.
Sidney Mello foi bastante enfático em recusar a realização de uma Audiência Pública no HUAP sobre os temas debatidos na reunião. Entretanto, quando o SINTUFF mostrou publicação do próprio site da UFF com a promessa expressa da administração em realizar a Audiência, afirmou que cobrará do diretor do HUAP, Tarcísio Rivello, um posicionamento.
SINTUFF questionou a real finalidade das catracas |
Argumentos do vice-reitor sobre as catracas não convencem os trabalhadores
O SINTUFF compreende que a catraca permanece sendo uma ameaça às 30 horas. mesmo que a tecnologia atual não possibilite o controle de frequência e horário, no futuro ela possa ser adaptada à essa finalidade com um upgrade tecnológico. Diante deste elemento e das declarações e ações do reitor e do diretor do HUAP, o sindicato segue convicto da importância de lutar pela remoção imediata das catracas. , O SINTUFF também entende que o modelo de acesso através de catracas prejudica gravemente a acessibilidade e a segurança do hospital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário