Fotos: Luiz Fernando Nabuco |
Movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos realizaram no dia 23/1, na Praça Arariboia, em Niterói, um ato em solidariedade aos mais de 6000 moradores da comunidade Pinheirinho em São José dos Campos (SP). As famílias foram violentamente reprimidas pela Tropa de Choque da Polícia Militar, para efetuar a desocupação de suas moradias. Estiveram presentes o SINTUFF, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), a Associação dos Docentes da UFF (Aduff), Movimento dos Trabalhadores desempregados (MTD), Associação dos moradores do Morro de Estado, representantes da oposição sindical metalúrgica, estudantes da UFF, representantes dos partidos PSOL e PSTU e das organizações sindicais Unidos pra Lutar e CSP. Durante o ato foram distribuídos panfletos denunciando a repressão e a ação do governo que condena milhares de famílias a perderem suas casas.
Diversas intervenções reivindicaram o direito à moradia e mencionaram a situação dos desabrigados de Niterói que ainda permanece sem solução, visto que o prefeito Jorge Roberto não tomou nenhuma providência durante dois anos. Os parlamentares Renatinho do PSOL e Waldeck do PT manifestaram o apoio de seus gabinetes às famílias afetadas. O ato finalizou com a intervenção do pré-candidato a prefeito pelo PSOL Paulo Eduardo Gomes que denunciou os fatos de forma enfática chamando a atenção dos pedestres que transitavam pelas barcas.
O Rio de Janeiro também foi palco de um forte ato. Mais de 200 participantes demostraram sua indignação em mobilização que se encerrou na Câmara Municipal.
Desocupação violenta e injusta de Pinheirinho
O governo estadual ordenou a ação, pretendendo reintegrar a área à Seleta, massa falida do especulador Naji Nahas, que chegou a ser preso por corrupção em 2008 na operação Satiagraha. Nahas é devedor da prefeitura de São José dos Campos numa dívida de 15 milhões.
O governo estadual se baseou em decisão da justiça paulista. A Justiça Federal havia concedido decisão em favor dos moradores de Pinheirinho. Esta decisão foi ignorada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB), assim como pela Justiça Estadual, que ordenaram a violenta desocupação do terreno. A brutalidade da ação despertou a indignação da população. Há registros de 20 feridos, um em estado grave, e 34 presos. Enquanto isso, Nahas permanece impune e beneficiado.
5 comentários:
Já temos a consciência que essa realidade só vai ser mudada dentro da Federação com a instauração de uma direção independente do governo. A CONFASUBRA vem aí, precisaremos de todos para fazer cair essa direção governista que hj compõe a maior parte da coordenação da FASUBRA.
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