Por Gilda Alvarenga
Nas últimas décadas a região metropolitana do Rio de Janeiro sofreu atônita a perda de pelo menos oito hospitais que prestavam atendimento em São Gonçalo e Niterói . Na década de 1970 São Gonçalo e Niterói contavam com Hospital São Sebastião, no Barreto; Clínica de Saúde São José, no Zé Garoto; Hospital Nossa Senhora de Fátima, no centro de São Gonçalo, Hospital Santa Lúcia, no bairro Camarão, esses quatros hospitais todos foram entregues a rede privada de atendimento. Ou seja, só têm acesso a esses hospitais quem pode pagar! Centros de atendimento como a Casa de Saúde Alcântara e a Casa de Saúde Santa Maria, ambos no bairro do Alcântara simplesmente fecharam, deixando para trás milhares de pessoas sem a menor chance de atendimento de pela rede pública de saúde! Em Niterói a população perdeu o Hospital Santa Mônica e posteriormente sofreu mais um golpe, fechando em princípio a emergências do Hospital Antônio Pedro - HUAP, que recentemente foi entregue a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBESERH.
Infelizmente não houve a mesma eficiência para abertura de centros de saúde para substituir os que foram desmontados pelo Sistema Único de Saúde -SUS. Os ministros das saúde dos últimos trinta anos deveriam ser responsabilizados e criminalizados pelo desmonte da rede pública de saúde fluminense. As políticas públicas, ao invés de modernizar e ampliar a rede de atendimento, agiram de forma contrária, nos anos de 1980, 1990 e 2000, andaram na contramão do progresso e foram paulatinamente alijando a população as meras emergências de Pronto-socorros superlotados.
Não no mesmo compasso a região metropolitana só passou a contar apenas com o Hospital Geral de São Gonçalo e algumas Unidades de Pronto Atendimento, que estão muito abaixo das necessidades expectativas da a população fluminense. A população não pode assistir passivamente a mais uma perda dessa magnitude para a comunidade totalmente desamparada pelo SUS na região metropolitana do Rio de Janeiro. O HUAP precisa e deve se tornar um símbolo de resistência à essa famigerada política de desmonte da rede pública de assistência à saúde! Fica um grande vazio, uma absoluta ausência de soluções para a população carente de atenção à saúde. Mais que tudo isso, falta vontade política e humanidade para que de fato as autoridades de saúde do país resolvam a carência de atendimento à saúde do cidadão brasileiro. Nessa absoluta orfandade do cidadão só nos resta tomar as rédeas da situação, lutando bravamente contra ao avanço dessa política atroz de desamparo e falta de políticas de proteção à população da região metropolitana do Rio de Janeiro.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Fora Temer! Construir a greve geral para derrotar Temer e os seus ataques!
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Servidores da UFF protestam em dia nacional de mobilização contra os ajustes do governo |
Sabemos que esse governo é fraco e continua ameaçado pela Lava Jato, e que mesmo anunciando uma série de pacotes contra o povo e os trabalhadores tem dificuldade de aplicar com toda força esse pacote.
Por isso, é possível derrubar o ajuste e o governo, devemos intensificar as mobilizações para impossibilitar a concretização de todas as medidas de ajustes por parte desse governo ilegítimo.
Exigimos da CUT e CTB a unificação das lutas rumo a greve geral
O governo Temer está focado em garantir o fim do processo de Impeachment e se transformar em governo efetivo para aplicar todos os ataques. Nessa situação, CUT e CTB tem que chamar uma greve geral para derrubar o governo Temer, barrar o ajuste fiscal, as contrarreformas previdenciárias e trabalhistas e as privatizações. A CUT e a CTB dirigem grande parte dos sindicatos do país, tem toda a possibilidade de encampar uma grande campanha de assembleias de base para impulsionar a construção de uma greve geral, no momento em que se iniciam campanhas salariais de fortes sindicatos como bancários e correios. Somente com a unificação das lutas e das campanhas salariais poderemos construir um forte movimento pelo Fora Teme, conseguir aumento real nos salários, derrotar as privatizações e arrancar mais investimentos para a saúde e educação.
Nesse sentido, a CUT/CTB têm que impulsionar a luta unificada. Não basta chamar atos isolados ou gritar Fora Temer senão apostam na construção da greve nas assembleias de base e unificando todos os setores. A Conlutas e todos os sindicatos e movimentos de esquerda e combativos têm que unir suas forças e exigir das centrais esta movimentação unificada rumo a greve geral. Para derrubar o ajuste e o governo Temer que o aplica, precisamos parar o país, ganhar as ruas e unificar a luta! Temos que acabar com o ajuste que condena a miséria aos trabalhadores e o povo, e impor um plano econômico que comece por suspender o pagamento da dívida pública para investir dinheiro em salários, moradia, transporte, saúde e educação. Basta de encher os bolsos dos banqueiros e empreiteiros, dinheiro há, e tem que ser para benefício dos trabalhadores! Fora Temer! Não ao plano de ajuste! Revogação do PL 257. Abaixo as Reformas previdenciária e trabalhista! Não as privatizações! Não ao pagamento da dívida pública! Dinheiro para salários, saúde e educação!
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Paralisação Nacional com forte ato no HUAP
Fotos: Barbara Hauret |
Coordenadora do SINTUFF, Gilda Alvarenga |
No dia 16/8 (Terça-feira) haverá o Dia Nacional de Mobilização para conter os ataques do governo contra a categoria.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Assembleia aprova calendário de lutas
Em relação a luta das 30 horas, o sindicato tem feito reuniões setoriais, com a presença dos advogados, para esclarecer as dúvidas dos servidores e apresentar as bases legais. O resultado tem sido muito positivo e as reuniões vão continuar.
Durante a assembleia foi discutida a conjuntura nacional e aprovado um calendário de lutas contra a PL 257, que retira direito dos servidores.
Dia 5/8 - Participação no ato unificado em Copacabana
Dia 11/8 - Paralisação Nacional convocada pela FASUBRA e ato em frente ao HUAP às 7h
Dia 16/8 - Paralisação Nacional convocada pela FASUBRA
Dia 23/8 - Reunião na reitoria sobre 30 horas
Dia 31/8 - Paralisação e participação no CUV
A assembleia aprovou também cobrança a reitoria em relação ao recesso olímpico dado somente aos docentes e alunos, deixando os técnicos-administrativos de fora.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
O PLP 257 PODE SER VOTADO A QUALQUER MOMENTO
O PLP 257 é um projeto elaborado
pela equipe do governo Dilma e endossado pelo governo Temer. O projeto
representa fortes ataques ao funcionalismo público. Foi enviado em caráter de
urgência na Câmara federal no dia 22/03/2016, e está previsto ser votado nesta
semana.
O PL prevê um contingenciamento
das despesas da União de 21,2 bilhões e atinge todos os servidores públicos
federais e estaduais, municipais. O
governo fala em cortar a remuneração dos servidores e limitar a contratação dos
concursados. Mas abre brechas para continuar os cabides de emprego através do
contato temporário.
O projeto tem o objetivo de
estabelecer medidas para não ultrapassar o limite de gastos, em função de
economizar para o pagamento da dívida pública. Estabelece medidas que atingem
diretamente os diretos dos servidores públicos.
Plano de Auxílio aos estados e ao
Distrito Federal
O PL trata da renegociação das dívidas dos Estados, embute
uma série de alterações orçamentárias.
- Ficarão suspensos durante dois anos: reajustes, concessão
de vantagem ou adequação de remuneração aos servidores estaduais: nomeação de
novos servidores (excerto para reposição de aposentadorias/falecimentos
exclusivamente nas áreas de educação, saúde e segurança ou ´para cargos
comissionados em qualquer área)
Elevação de alíquota e contribuição previdenciária dos
servidores e instituição do regime da previdência complementar, instituído no
art. 40 da Constituição Federal.
Os estado poderão como parte do pagamento de suas dívidas
passivos e empresas públicas.
Medidas de reforço da lei de responsabilidade
fiscal
Faz alterações na lei de responsabilidade e determina que
os planos plurianuais (PPA) fixem um limite nominal de gasto primário
Os reajustes na remuneração dos servidores também deverão
constar no PPA´s.
Os funcionários públicos pagarão pela conta
O grande problema do PLP 257/2016
é que o preço da renegociação da dívida é cobrado dos servidores públicos. As
medidas obrigatórias de contenção de gastos será em todos os poderes, a partir
de um valor estruturado sobre porcentagem do PIB, a ser definido na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). Se os gastos da União forem superiores a este percentual,
um mecanismo automático de arrocho financeiro será acionado: o Regime Especial
de Contingenciamento. Este regime tem três estágios, a depender da gravidade do
desequilíbrio fiscal e, segundo resumo do Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar (Diap), as ações a serem tomadas em cada um deles
seriam:
No primeiro estágio: 1) vedação da criação de cargos, empregos e funções ou alteração da
estrutura de carreiras, que impliquem aumento de despesa; 2) na suspensão da
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas a reposição
decorrente de aposentadoria ou falecimento, aquelas que não impliquem em
aumento de gastos e as temporárias para atender ao interesse público; 3) na
vedação de concessão de aumentos de remuneração de servidores acima do índice
de Preços ao Consumidor Ampliado IPCA; 4) na não concessão de aumento real
para as despesas de custeio, exceto despesa obrigatória, e discricionárias em
geral; e 5) na redução em pelo menos dez por cento das despesas com cargos de
livre provimento.
No segundo estágio, caso as restrições do
primeiro estágio não sejam suficientes para manter o gasto público primário
abaixo do limite estipulado, seriam necessárias ainda as seguintes medidas: 1)
a vedação de aumentos nominais de remuneração dos servidores públicos, ressalvado
o disposto no inciso X do art. 37 da Constituição Federal (revisão geral
anual); 2) a vedação da ampliação de despesa com subsídio ou subvenção em
relação ao valor empenhado no ano anterior, exceto se a ampliação for decorrente
de operações já contratadas; 3) a não concessão de aumento nominal para as
despesas de custeio, exceto despesas obrigatórias, e discricionárias em geral;
e 4) uma nova redução de pelo menos dez por cento das despesas com cargos de
livre provimento.
No terceiro estágio, se os dois estágios
anteriores não tiverem sido suficientes para adequar o gasto público, seriam
ativadas as seguintes medidas: 1) suspensão da política de aumento real do
salário mínimo, cujo reajuste ficaria limitado à reposição da inflação; 2) redução
em até 30% dos gastos com servidores públicos decorrentes de parcelas
indenizatórias e vantagens de natureza transitória; e 3) implementação de
programas de desligamento voluntário e licença incentivada de servidores e empregados,
que representem redução de despesa.
Barrar o PL 257!
O SINTUFF repudia totalmente este
projeto de lei, que provocará precarização e demissão do funcionalismo público e
prejudicará a população. O governo faz contingenciamento aos servidores públicos,
mas não para a dívida para a pública que retira do orçamento nacional o maior
índice de gasto. É preciso derrotar o
governo ilegítimo de Temer, sem defender a volta de Dilma, ambos idealizadores
e aplicadores desse projeto.
Temos que construir a mais ampla
unidade dos servidores, sindicatos de base, federações, confederações e
centrais sindicais contra esse projeto. É necessário que a CUT e a CTB, a
FASUBRA, o Andes, a Condsef e demais entidades transformem o dia 16 de agosto
em dia nacional de paralisações e protestos contra esse projeto e outros
ataques do Temer, realizando assembleias de base rumo à construção de uma greve
geral dos servidores federais para derrotar de vez este projeto.
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