quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Audiência com o reitor Roberto Salles sobre política de cotas na UFF no dia 23/11

Há dez anos foi instituída nas universidades a política de cotas. Esta medida veio para beneficiar parcelas historicamente excluídas da população, prioritariamente negros e pobres que pouco ou nenhum aceso tinham ao ensino superior. Este fato gerou grandes polêmicas.  Hoje existem 70 universidades estaduais ou federais que adotam algum tipo de cota em seus vestibulares. A primeira universidade a adotar o sistema de reserva de vagas foi a UERJ. A universidade reserva 45% do total de vagas para os candidatos carentes, divididos da seguinte maneira: 20% são para candidatos de rede pública, 20% para negros ou indígenas e 5% para candidatos com deficiência ou filhos de policiais, bombeiros, inspetores de segurança e administração penitenciária mortos ou incapacitados em razão do serviço.  A UFRJ adotou o sistema de cotas sociais no ano 2010.  De acordo a estudos efetuados, atualmente o índice de evasão é maior entre não cotistas do que entre cotistas. A UFF utiliza apenas o sistema de bônus (10% na nota final) para quem cursou o ensino médio na rede pública. A ação afirmativa mais utilizada pelas universidades é a que beneficia alunos das escolas públicas. Depois desta vêm as cotas para negros, indígenas e deficientes físicos. Atualmente nenhuma instituição de ensino possui somente cota para negros.
 As questões sociais e raciais dialogam. Portanto é necessário avançar neste debate no sentido de ir superando as exclusões. Um estudo realizado na Universidade de Brasília (UNB) confirmou que o número de professores negros nas universidades públicas não chega a 1%.  A diversidade no ambiente educacional é fundamental para a elaboração de novos pensamentos construídos a partir de diferentes experiências. 
A UFF precisa encarar esta discussão. A comunidade universitária e a sociedade terão a possiblidade de dialogar sobre as ações afirmativas nas universidades no dia 23 de novembro às 14h30, em debate com a presença do reitor Roberto Salles, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Amilcar Araújo Pereira e coordenadores do SINTUFF. Participe!

2 comentários:

Jusel disse...

Acho que cotas são a pior coisa para o negro desde a escravidão...É um jeito de afirmar que o negro não tem capacidade de chegar a algum lugar por seus próprios méritos...Sou de uma família brasileira, com brancos, negros e pardos e ninguém nunca precisou de uma "ajudinha" para frequentar uma universidade, e sim, muito esforço e dedicação...!!!

arqpita disse...
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