quarta-feira, 6 de maio de 2015

Congresso da FASUBRA tem início conturbado

Fotos: Barbara Hauret
O XXII CONFASUBRA teve atraso de um dia para começar os debates por conta de complicações com uma delegação. Ontem o dia inteiro o Congresso da FASUBRA ficou paralisado porque havia um questionamento de parte dos delegados do SINTEPS dirigidos pela Ressignificar, corrente da DS/PT/CUT. Queriam credenciar cerca de 100 delegados quando o número de trabalhadores na base só legitima metade dessa delegação. Tal manobra em cima de uma base inflada fere o regimento do congresso. Na verdade, os governistas, através da fraude de delegados, queriam distorcer a correlação de forças do Congresso da FASUBRA. Com intuito de impedir que o congresso vote resoluções políticas de luta contra o ajuste de Dilma/Levy e a favor da greve unificada com o ANDES. Na reunião da comissão nacional do congresso (formado pela direção da FASUBRA e por um representante de cada sindicato), infelizmente, já havia sido firmado um acordo entre os governistas e os companheiros do Base e Vamos à Luta pelo credenciamento de parte dos delegados questionados. Os únicos que foram contra esse acordo e propuseram não credenciar os delegados fraudados foram a Unidos pra Lutar e o PSlivre. Perdemos a votação na comissão, mas seguiremos essa batalha. Após muito postergar o sufrágio do recurso, ficou acertado que logo pela manhã do dia seguinte a votação seria feita antes de iniciar a primeira mesa. 
A primeira mesa desse segundo dia do CONFASUBRA teve tema duplo por conta dos atrasos devido a perda de um dia inteiro. Após a abertura oficial com saudações de representantes das várias centrais e coletivos presentes, instalou-se uma mesa para debater a conjuntura. Dentre as várias falas se destacou a do convidado vereador Babá (PSOL/RJ) que denunciou fortemente os governos do PT e toda sua base aliada desmontando a falsa polarização PT/PSDB. Denunciou que quem se une com o PT é a direta, pois a política adotada pelo governo atual é a de retirada de dinheiro do pobres e o arrocho aos trabalhadores entregando a riqueza do país nas mãos dos banqueiros, empreiteiras e agronegócio. Babá lembrou que Beto Richa quer aplicar a mesma lógica da Reforma da Previdência de Lula que prejudicou milhares de trabalhadores conclamando a categoria presente a seguir o exemplo dos professores do Paraná e convocar Greve Geral.
O debate que aconteceu depois do almoço foi sobre relações de trabalho e organização sindical. Uma mesa com maioria governista onde apenas o companheiro Rodrigo Teixeira (Insurgência/PSOL) e um representante da CSP Conlutas representavam a esquerda. A primeira fala sorteada foi a de Rodrigo que fez duras críticas a organização sindical cutista que apesar de se dizer contra o imposto sindical faz amplo uso desse recurso que atrela o sindicalismo ao governo burocrático. As intervenções dos debatedores seguintes foram todas negando as críticas do primeiro debatedor e fazendo afirmações absurdas. Um dos representantes da CUT defendia veementemente a velha organização sindical atrelada o governo através de acordos  e mesas de enrolação. Sabemos que essa presidência só atende a voz das ruas e so conhecer a linguagem da greve. Só a luta pode trazer ganhos para a classe trabalhadora. Existem muitas lutas em curso que tem passado por cima da burocracia sindical e indicando o caminho para os trabalhadores. Lutas como a dos garis do Rio, greve de professores do Paraná e outras greves operárias que vem surgindo anunciam uma nova vanguarda de luta e anti burocrática que atua por fora dos velhos aparatos e das direções carcomidas.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Conselho Universitário da UFF aprova Moção de Repúdio ao PL 4330

Foto: Luiz F. Nabuco
O Conselho Universitário da UFF reunido dia 29/4, aprovou por unanimidade a Moção de Repúdio ao PL 4330/04 que permite e estimula a terceirização em todas as relações de trabalho. Nossa universidade reafirma sua defesa do serviço público, dos contratos efetivos, do concurso público via RJU, e se contrapõe às precárias relações de trabalho, inclusive as já existentes no interior de nossa da universidade.
Entendemos que este PL é um grave retrocesso as conquistas dos direitos trabalhistas de um modo geral, e ao serviço público em destaque.

Esta moção foi apresentada pelos conselheiros vinculados ao SINTUFF e obteve incorporação do DCE, mas foi aprovado por todos.

Vitoriosa greve impede demissões

Foto: Reprodução de Internet
Os trabalhadores da Mercedes-Benz, com a força de sua luta, conseguiram reverter um quadro de 500 demissões anunciado pela empresa para 04/5. A greve teve início dia 22/04 após a notícia sobre as demissões ter sido divulgada pela Mercedes-Benz na imprensa. Um forte movimento paredista que teve seu término na última segunda-feira (27/4) após o cancelamento da massiva dispensa de mão de obra.

Chega de perseguir Garis! PELAS READMISSÕES DE BRUNO DA ROSA E CÉLIO GARI!

O SINTUFF repudia a decisão do presidente da COMLURB e do prefeito Eduardo Paes (PMDB) de demitir Bruno da Rosa e Célio Gari, principais lideranças das greves dos garis do Rio de Janeiro. A demissão é arbitrária, quando o acordo prevê inclusive compensação dos dias sem desconto no salário. Trata-se de uma atitude ditatorial de Eduardo Paes em claro desrespeito às leis trabalhistas e ao direito de greve, ferindo os direitos humanos e a dignidade do trabalhador. Além disso, há uma evidente perseguição política contra Bruno. Primeiro houve um interdito proibitório no período da greve e posteriormente um inquérito policial. Depois, comprovadamente, a COMLURB fraudou a eleição da CIPA para retirar sua estabilidade e transferi-lo de unidade para um local distante sem reposição do vale transporte. Além de colocá-lo num serviço, cujo esforço seu laudo médico o impedia de realizar.
Solicitamos a readmissão de Bruno, Célio e de todos os que venham a ser demitidos. Exigimos o fim das perseguições políticas a todos os trabalhadores que atuaram na greve.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Reunião discute Dia de Lutas do setor das estaduais e municipais do ANDES-SN

O Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) do ANDES-SN esteve reunido em Brasília (DF), nos dias 18 e 19 de abril, para discutir questões relativas à preparação do Dia Nacional de Lutas das Iees e Imes em defesa de mais recursos públicos para essas instituições, com paralisação em 27 de maio, definido no 34° Congresso do ANDES-SN. Durante toda a semana, de 25 a 29, as seções sindicais do Setor deverão realizar atividades de mobilização, como panfletagens, aulas públicas, debates. 
 "Como há a possibilidade de ter uma paralisação geral das centrais sindicais, ao que tudo indica, a partir da segunda quinzena de maio, deliberamos orientar as seções sindicais para a realização de uma semana de mobilizações e lutas, no mesmo período, incluindo o Dia Nacional de Lutas das Iees e Imes”, afirma Epitácio Macário Moura, um dos coordenadores do Setor das Iees/Imes. Ele explicou que o Setor das Iees/Imes indicou às seções sindicais do ANDES-SN que as manifestações sejam feitas em frente às Assembleias Legislativas de cada estado.
Na abertura da reunião, a secretária geral do ANDES-SN, Claudia March, realizou uma intervenção sobre o processo de reforma da previdência nos estados, onde apresentou as experiências de alguns estados, que já editaram leis para a previdência complementar, nos moldes do que ocorre em nível federal com o Funpresp. “A discussão apresentada pela Claudia March sobre os prejuízos que a previdência complementar causa aos servidores, tanto recém-ingressos quanto aos antigos, foi fundamental para o debate e trouxe elementos como o fato, por exemplo, do servidor antigo ao passar a contribuir com a previdência complementar abdicar do seu modelo antigo de previdência e perder o direito à aposentadoria que tinha antes. Pois muitos acham que estão comprando o fundo complementar, para ser um adicional à sua aposentadoria. Mas ao aderir ao plano, ele está abrindo mão da aposentadoria, em muitos casos integral, de forma irrevogável e irreversível”, contou Macário.
De acordo com o diretor do ANDES-SN, o Setor das Iees/Imes apontou a necessidade das seções sindicais encaminharem as lutas em conjunto com as categorias do serviço público estadual, para enfrentar esse ataque à previdência dos servidores estaduais, que já vem ocorrendo em alguns estados como São Paulo, Bahia e Paraná. “Precisamos rebater em alguns estados o argumento que eles utilizam de que é apenas uma adequação do que existe no plano nacional”, completou.                 
Ainda na reunião, foram discutidos outros temas como a organização do XIII Encontro do Setor das Iees/Imes e do Seminário Nacional sobre Federalização e Financiamento das Iees/Imes, que serão realizados no mês de setembro deste ano na Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Campinas (Adunicamp – Seção Sindical do ANDES-SN). 
Para intervir nos processos de decisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA), como foi delibarado no 34° Congresso, o setor propôs a realização de um levantamento, que será realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para saber o valor do investimento do orçamento público estadual no ensino superior e comparar com o arrecadamento do estado. Esses dados, segundo o Macário, “municiará os docentes do setor, para intervir no orçamento e fortalecer a luta por mais recursos para as Estaduais”. 
“A reunião do setor foi muito proveitosa, as seções sindicais trouxeram as inquietações da base. Então, deliberamos elementos práticos e ações efetivas para colocar em exercício aquilo que foi deliberado no 34° Congresso", avaliou.

Fonte: ANDES-SN
http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=7456

MOÇÃO DE APOIO AOS COMPANHEIROS(AS) DO SINTUFF

As violações dos direitos sindicais se intensificaram durante os últimos anos. Cada vez mais o empresariado e os gestores do estado a serviço dos interesses do capital se arrogam o direito de tratar as lutas dos trabalhadores contra a desigualdade, a injustiça, a opressão e a exploração como caso de polícia. Assassinatos de militantes, prisões e demissões em razão de atividades sindicais têm ocorrido em diversos países e, em especial, naqueles onde os trabalhadores têm respondido de forma contundente à brutal ofensiva da burguesia, que para reagir à crise do Capital, investe contra os direitos da nossa classe. Em nosso país essa prática carrega o perverso legado da ditadura empresarial–militar. Sendo, assim, profundamente lamentável que isto ocorra, inclusive, no interior de Universidades públicas, onde o combate à ditadura foi tão intenso. Os trabalhadores do serviço público conquistaram por meio da luta o direito à liberdade de expressão, de representar e ser representado, de participar, organizar atos que busquem a ampliação dos direitos e melhorias nas condições laborais. Cabendo aos gestores públicos, na forma da lei, respeitar as entidades como órgãos que representam segmentos da classe trabalhadora. (Convenção 151 da OIT). Ainda assim, a postura do governo federal diante de nossas reivindicações tem expressado um profundo autoritarismo e o firme compromisso com os interesses do capital parasitário. Além do mais, a criminalização das entidades sindicais, como ocorreu durante a última greve dos trabalhadores da educação federal de 2013, demonstra a intenção do governo Dilma/PT de derrotar os movimentos sindicais que têm se posicionado, de forma autônoma, classista e combativa, em favor da preservação dos direitos conquistados pelos trabalhadores. Nosso sindicato tem denunciado as constantes práticas antissindicais levadas a efeito por governos e pelo patronato. Neste sentido, a diretoria da ADUFF - Seção Sindical do ANDES-SN vem expressar publicamente o seu repudio aos atos praticados pela reitoria da Universidade Federal Fluminense que visam coibir o legítimo direito de manifestação da categoria dos técnico-administrativos da UFF e, ao mesmo tempo, a diretoria da ADUFF-SSind manifesta sua solidariedade aos companheiros (as) do Sindicado dos Trabalhadores em Educação da UFF (SINTUFF). Igualmente, expressamos nosso apoio à luta dos companheiros (as) do SINTUFF contra a ameaça da reitoria de despejo de sua sede, localizada há muitos anos no campus do Valonguinho em Niterói. Entendemos que essa ameaça significa um constrangimento ao direito de organização da categoria. Só há liberdade de manifestação, na medida em que, se respeita o direito de livre exercício da diferença e da discordância. Essa é uma lição que nos foi legada por aqueles que lutaram arduamente pala democracia na sociedade e na universidade. Neste sentido, reivindicamos a imediata suspensão dos atos que criminalizam o SINTUFF e seus diretores. Niterói, 16 de abril de 2015 448ª Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense ADUFF- Seção Sindical do ANDES-SN, realizada a 16 de abril de 2015.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Educadores de São Paulo em Greve

Foto: Reprodução de Internet
Sem acordo, os educadores de São Paulo decidiram continuar a greve e ontem, dia 23/04, foram duramente reprimidos na Secretaria de Educação. Repudiamos a repressão do governador Alckmin! Todo apoio à greve dos educadores em São Paulo!