quinta-feira, 20 de junho de 2013

50 mil em Niterói derrubam aumento das tarifas, mas avisam que não é por centavos

Fotos: Zulmair Rocha
Uma multidão de 50 mil pessoas realizou uma histórica manifestação pelas ruas de Niterói nesta quarta (19). Apesar do horário do ato ter sido marcado para o mesmo momento do jogo da seleção brasileira, isso não esvaziou nada a manifestação popular. A população de Niterói deixou o jogo pra lá e foi pras ruas massivamente.
No decorrer do ato, foram reduzidas as tarifas em São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói. Contudo, os governos deixaram bem claro que quem pagará essa conta serão os cofres públicos, preservando mais uma vez os empresários de transporte. A lógica dos governantes é sempre a mesma. Os empresários nunca podem perder, somente o povo.
Durante a manifestação, um representante da Prefeitura de Niterói, do alto do carro de som, anunciou a redução das passagens. Recebeu uma sonora vaia da massa. Outros setores ligados à Prefeitura tentaram gritar “vencemos”. Em resposta, multidão bradou “a passagem não baixou”, repudiando o subsídio aos empresários que retira recursos da saúde e educação. As manifestações irão continuar. O protesto está longe de ser por apenas 20 centavos.
Em declaração às emissoras de TV, o prefeito Rodrigo Neves (PT) tentou minimizar a manifestação em Niterói declarando que havia oito mil pessoas. As imagens aéreas, contudo, desmentem o prefeito.

SINTUFF na luta
O SINTUFF participou da manifestação com uma grande coluna, com bandeiras, faixas, adesivos e um carro de som junto à ADUFF e o SEPE, no qual tiveram espaço manifestantes e segmentos que queriam deixar seu recado. A palavra foi aberta para dezenas de manifestantes que quiseram se expressar de forma democrática.
Nesta sexta-feira (21), 17h30, haverá uma plenária no DCE-UFF com o intuito de deliberar ações conjuntas para o protesto. O SINTUFF convoca a categoria a protestar e seguirá participando das manifestações, incorporando as reivindicações dos trabalhadores.

Violência e repressão
Encerrado o ato, houve enfrentamentos isolados entre a polícia e todo tipo de pequenos grupos que não representavam o sentimento geral da manifestação. A Tropa de Choque, a mando de Sergio Cabral e Rodrigo Neves, mais uma vez agiu com alto grau de truculência, transformando o Centro da Cidade numa praça de guerra. Tudo para tentar descaracterizar e desmoralizar o protesto.

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