terça-feira, 6 de setembro de 2016

Assembléia aprova caravana pelo Fora Temer e greve de 48h em defesa das 30 horas


A assembleia geral do SINTUFF realizada nessa segunda (05/9) discutiu a pauta: Informes, Conjuntura Nacional, 30 horas e Plenária da FASUBRA. Durante os informes, os servidores destacaram os acontecimentos do último CUV e a recusa de votar a proposta dos conselheiros representantes do técnicos-administrativos sobre as 30 horas. 
Os servidores também chamaram atenção para os trabalhadores do HUAP, que após a entrada da EBSERH têm sido alvo constante de assédio moral, remoções de setores e a recente exoneração do diretor de enfermagem eleito pelos servidores. Além disso, a reitoria se recusa a discutir a questão das 30 horas dos funcionários do HUAP. Na última reunião com a PROGEPE, o pró-reitor Túlio afirmou que a questão deve ser tratada com a direção do hospital, ou seja, a decisão sobre a jornada de trabalho de 1500 servidores está nas mãos da EBSERH. Os servidores também falaram das reuniões que estão sendo realizadas para ajudar na luta pela formalização das 30 horas e que é preciso alertar ainda mais os servidores que terão seus direitos retirados.
Após os informes, foi discutida a conjuntura nacional com ênfase nos ataques que o governo vem preparando para a população e para o funcionalismo público com a reforma fiscal e a reforma da previdência. Temer, dando continuidade aos projetos de Dilma/Temer, se propõe a votar, ainda em setembro, a reforma fiscal que congela salários e concursos por 20 anos e a nova reforma da previdência. Um governo que tem menos de 15% de aceitação popular, precisa ser enfrentado com muita luta. Neste sentido, o SINTUFF estará participando de uma caravana nacional que acampará em Brasília nos dias 12, 13 e 14 de setembro, datas que foram anunciadas para votação dos PL’s. A assembleia avaliou que somente com uma greve geral dos trabalhadores podemos frear estes ajustes e derrubar este governo.  A assembleia aprovou que levará à plenária da FASUBRA a necessidade de realizar greve unificada dos SPF’s e a unificação com as greves dos bancários e correios. Foi destacada a necessidade exigir da CUT e CTB a construção da greve geral para barrar o ajuste.

Sobre as 30 horas, a reitoria mantém a postura de aparentemente defender as 30 horas, mas por outro lado lança portarias que garantem a jornada para menos de 60% da universidade, e submete a vida dos servidores às chefias. O reitor fecha os olhos para a legislação que permite a formalização das 30 horas para todos. A regulamentação só depende da vontade política do reitor ou da decisão do CUV. 
A assembleia decidiu ampliar as reuniões setoriais, envolver toda a universidade nesta luta e iniciar a construção de uma greve por tempo indeterminado.

Sendo assim, fará paralisação de 48 horas nos dias 28 e 29 de setembro em defesa das 30 horas. O reitor está intransigente e insufla a categoria a entrar em greve. Neste momento de brutal ataque do governo às universidades, o reitor deveria de fato chamar toda a comunidade universitária a enfrentar os cortes de verbas, mas infelizmente ele prioriza ajudar a implementar a retirada de direitos e criminalizar os que lutam. Só a mobilização pode garantir as 30 horas.

09 a 11/09  - Plenária da Fasubra 
12 a 14/09 - Caravana à Brasília 
28/09 - Paralisação e CUV
29/09 - Paralisação

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