terça-feira, 24 de junho de 2014

CLG do SINTUFF defende manter a greve da FASUBRA


Dia 23 de junho, o Comando Local de Greve, aprovou defender na Assembleia a manutenção da greve e construir uma analise e orientação distinta do comando nacional da FASUBRA.
Dia 17 de junho, a maioria da Direção Nacional da FASUBRA, durante a reunião do Comando Nacional defendeu o fim da greve, anunciando um esgotamento da luta e a nossa incapacidade de seguir o movimento. Esta posição foi defendida pela CSP-CONLUTAS, Vamos à Luta, CUT e CTB, proposta essa que já vinha se desenhando mesmo antes de se saber da judicialização da greve. No nosso ponto de vista essa é uma posição que não reflete a firmeza e iniciativas que a base vem desempenhando em cada universidade, com bloqueios de estradas, trancamento de reitorias, atos de ruas e se empenhando para impedir a matricula do SISU.
Consideramos um erro político esta orientação, porque ignora a correlação de forças extremamente favorável que vivemos no país: crise do governo Dilma (PT/PMDB), que cai novamente nas pesquisas, lutas e mobilizações de diversas categorias em todo o país, a forte greve do SINASEFE, do IBGE, e da saúde federal no RJ que permite unificar os comandos e construir ações radicalizadas pelos estados e em Brasília. Além disso nossa categoria tem nos próximos dias um grande trunfo nas mãos, que é a matricula do SISU.

A ação judicial pode ser questionada

Somente a tarde do dia 17, a DN Fasubra soube da decisão do STJ considerando ilegal nossa greve. Mas ordem judicial tem sido a regra das últimas greves que estamos vivendo, e maioria das categorias está enfrentando politicamente e entrando com recurso jurídico.  Na FASUBRA, antes mesmo da orientação dos advogados, a maioria da direção da FASUBRA correu para anunciar o fim da greve e acatar a ordem do STJ. Ou seja, nem mesmo tentaram enfrentar a medida judicial. Com essa direção, imaginem como será as futuras greves?. Várias categorias, como SEPE-RJ, rodoviários, etc, enfrentaram a mesma lógica do governo e mesmo assim não recuaram.  Por exemplo na greve do SEPE-RJ, mesmo antes da entrada do movimento paredista o judiciário já ordenava uma proibição da referida luta.
Ou seja, é parte da politica do Governo Dilma de criminalizar as greves. No entanto não podemos baixar a cabeça é possível enfrentar. Então, se as assembleias de base da FASUBRA acatarem a orientação de sair da greve, cometerá um erro que facilita a vida deste governo. Certamente, seja Dilma, Campos ou Aécio, mais ataques virão contra o funcionalismo em 2015. Além disso, vários Conselhos Universitários votaram a favor da greve, devemos usar isto a nosso favor.
A decisão judicial se transformou numa boa argumentação para quem não queria mais seguir a greve. Tira-se a máscara da Direção da FASUBRA, pois esta defendeu o fim da greve desde a manhã do dia 17, sem inclusive abordar o tema da judicialização.  Algumas entidades saíram da greve dia 18 de manhã. Os governistas da CUT e CTB que já estavam aprovando saída da greve em suas assembleias, tiveram reforço judicial e infelizmente contaram com a ajuda dos companheiros da esquerda da FASUBRA.

AS REUNIÕES DAS CORRENTES POLITICAS, NÃO PODEM SUBSTITUIR O COMANDO NACIONAL DE GREVE - CNG!

Comando sequer votou a saída da greve

No dia 17/06, a comissão politica (que reúne representante da CSP-Conlutas, do Vamos à Luta, da CUT e da CTB), se reuniu e chegaram ao consenso de saída da greve, passando por cima do Comando Nacional de Greve (representado pelas universidades em greve de todo o país). Como não se votou a proposta no CNG, parte da base se rebelou exigindo respeito e que cabia a CNG debater os rumos da greve e indicar as bases a saída ou não da greve. Pois a comissão politica nunca pode substituir o comando e não fala em nome das assembléias. Nós da Unidos, os companheiros de Alagoas e outros exigimos que fosse votada a posição, pois não havia consenso. Não se permitiu este natural e democrático encaminhamento de votar quando se tem duas propostas, tanto que não se sabe quantos votaram a favor ou contra a proposta de fim de greve. Conclui-se duas coisas: As correntes politicas que defendiam o fim da greve ficaram com medo de ser derrotada no CNG e a maioria do comando não tinha autorização de suas assembléias em votar orientação de fim de greve.
A pressa em acabar com a greve sem debater se nacionalmente era o mais correto, foi tão equivocado, que a direção da Fasubra publicou desde o dia 17/06 nas redes sociais esta orientação, como se fosse decisão do CNG. Em algumas universidades, inclusive já retornaram ao trabalho, sem mesmo esperar a decisão das assembléias pelo país.

MANTER A GREVE E UNIFICAR COM DEMAIS CATEGORIAS DO EM GREVE DOS SPF’S

A maioria das assembleias ainda ocorrerão até terça dia 25/06. Já vimos que a CTB/PCdoB  e CUT/PT pela sua cumplicidade ao governo já vinham retirando suas entidades da greve (UFG, UFBA, UFMG, UFPel, UFSM). Mas as assembleias não são propriedade de suas centrais, e é necessário reproduzirmos o que está marcando as greves neste país, onde a base atropela as burocracias que se encastelam nos aparelhos sindicais e não mais servem pra dirigir a luta da categoria.
Infelizmente o papel da CONLUTAS pouco ajuda para derrotar o governo. Pois o Andes (filiado à CONLUTAS) sequer tentou entrar em greve. O SINASEFE (também filiado à CONLUTAS), e está numa boa greve, demorou muito seu inicio e agora pode ser golpeada pela ausência do Andes e com a possível saída da Fasubra. Para, além disso, a opção da Conlutas foi priorizar os acordos de consensos na FASUBRA e no fórum dos SPF’s com direções pelegas (CUT e CTB) que são contra a greve e as boicotam.
De imediato devemos aprovar nas assembléias MANUTENÇÃO DA GREVE NA FASUBRA; a unificação com os comandos de greve da FASUBRA, SINASEFE, IBGE, Cultura definindo calendários comuns, com atos e mobilizações unificadas. Junto com isso os advogados  da Fasubra devem entrar imediatamente com recurso contra a decisão do STJ.

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