quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ocupação e atos marcam o primeiro dia de greve na UFF

Fotos: Barbara Hauret
O primeiro dia de greve na UFF começou com muita mobilização e diversas atividades.
Como tirado nas assembleias dos três setores, foram feitos piquetes de convencimento pela manhã no Gragoatá com adesão de 100%, ninguém entrou no campus o dia todo.
O SINTUFF esteve presente também no campus do Valonguinho, com carro de som, fazendo falas e dialogando com os estudantes, docentes e técnicos que ainda não aderiram à greve.
No Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), os estudantes de Medicina fizeram um forte ato na porta do Hospital com cartazes e faixas, distribuindo uma carta à população divulgando suas pautas e reinvindicações. Junto aos técnicos administrativos, com ajuda do carro de som do SINTUFF, conseguiram chamar atenção dos pedestres e carros que passavam pela região.
Em seguida, com apoio da população em seu trajeto, os estudantes decidiram seguir em ato até à Reitoria, onde teria uma reunião com o Reitor para negociar as pautas da ocupação, como ele mesmo havia prometido no dia anterior.
No início da tarde, o pró-reitor de Gestão de Pessoas e alguns de assessores de gabinete chegaram na ocupação representando a reitoria, já que Sidney Mello não pode comparecer alegando motivos de saúde. Apresentaram aos estudantes uma carta de negociação cujo último item era a desocupação após ambos os lados assinarem. A carta, contudo, não contaria com a assinatura do Reitor, apenas dos seus representantes ali presentes. Os estudantes decidiram em assembleia não assinar a carta e continuar com a ocupação. Foi consenso entre os discentes que o documento apresentado não contemplava integralmente as demandas do movimento, além de ser falho na garantia do seu cumprimento. Foi elaborada uma contraproposta que inclui a estabilidade de 2 anos para os terceirizados e a não criminalização da greve.

Abaixo, estão as pautas defendidas pela ocupação:
1) O calendário acadêmico seja suspenso, garantindo a legitimidade da greve dos estudantes, servidores e professores
2) Que a reitoria se reúna com os trabalhadores terceirizados, garantindo a regularização dos seus salários, e, em caso negativo, que o Ministério Público do Trabalho seja acionado. Queremos também a garantia de que não haverá o corte de ponto durante a greve desses trabalhadores.
3) Abertura do Bandejão da Praia Vermelha.
4) O pagamento imediato das bolsas de monitoria atrasadas.

5) Reunião de negociação da reitoria com os três setores em greve.

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